sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Descrição

Procurei palavras poéticas para descrever meu sentimento. Não as achei.
Talvez por que meu sentimento não fosse poético.
Procurei palavras sabias para descrever meu sentimento. Não as achei.
Talvez por que não há nada de sábio em sentir.
Procurei palavras do dia-a-dia, e palavras do dicionário. Das mais fáceis às mais complexas.
Mas meu sentimento não era simples nem difícil.
Procurei palavras sujas e palavras gentis. Palavras grandes e pequenas. Metafóricas, suaves, grosseiras, delicadas ou doloridas.
Tudo era pouco.
Tudo era excesso.
Então achei-me no silencio,
E tudo ficou muito bem descrito.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.

Inicio de junho. No ar, o cheiro de churrasquinho e quentão, misturados com o eterno "pula fogueira iaia". Naquela festa junina magica, parecia que Santo Antonio abençoava, porque o que tinha de futuros casais...
- Ô joaquim, vai dançar com quem? - perguntou tímida maria.
- Sei ainda não...
Joaquim disfarçou, saiu de fininho, foi pro outro lado. Foi procurar a outra, que era mais esperta e não amava nenhum deles. Esperta e difícil.
- Lili, vem dançar também...
- Com você? Sei não...
E nesse enrolo, acabaram todos sozinhos. Mas também, como sempre, quem mandou não olhar pra trás?

Juliana

Os cabelos escuros de Juliana anelavam-se caindo pelo ombros brancos e lisos. Como pequenos buracos negros que atraiam mortalmente a atenção de Thiago. Como ele, ainda meninos, queria brincar naquele emaranhado de cachos e chegar, discretamente, aos ouvidos daquele mulher e sussurrar as palavras bonitas dos livros de poesia que ele lia nas noites de inverno.
Ele então poderia puxá-la pra si, e beijá-la, como ele, em seus poucos 14 anos, nunca havia feito.
"Thiago" ele ouviu a voz angelical de Juliana interromper seus devaneios
"Presente" Ele respondeu, à sua deusa e professora da oitava serie.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

vamos esquecer hoje?
esquecer o que?

discretamente, o perdão.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

passado (2)

Um único garoto no terceiro período, uma mãe que me chamava de nora. Uma rosa no dia dos namorados
E eu não sabia nada sobre o amor
Três amigas. Um coração que não se rendia as paixões platônicas. Um garoto de cabelo grande que sabia desenhar. Um bombom e uma foto no ultimo dia de aula. Uma carta apaixonada. Uma resposta cruel
E eu não sabia nada sobre o amor, mas sabia fingi-lo
Uma festa junina. Um garoto desconhecido. Um pressagio forte. Um desafio estranho "Você não resolve meu problema, resolve?". Uma surpreendente coincidencia. Duas pessoas unidas ao acaso num primeiro beijo. Um papelinho com msn pra eu não esquecer do que era inesquecivel.
E eu não sabia nada sobre o amor, mas sabia que amar era destino.
Tempos infinitos. Pessoas sem importância. Um coração se rendendo a desilusão.
Eu não sabia nada sobre o amor, mas ansiava cada vez mais por ele.
Um garoto se aproxima, Uma declaração de amor. Uma mentira. Um não.
E eu não sabia nada sobre o amor, mas pela primeira vez eu me senti amada
Vários garotos aparentemente iguais. Um convite inusitado. Uma confusão de ideias. De novo um pressentimento. "Você terá uma surpresa, você sabe qual dele será??"
Eu não sabia... de nada
Uma pergunta sem propósito "Você toca violino?". Outro presságio. Uma escolha. E naquele dia eu flutuei de volta pra casa.
Um passeio com os amigos. Um ônibus que se mexia demais. Contatos não evitados. Duas mãos que se buscaram. Pensamentos que se expandiram para fora da minha mente. Uma despedida que doeu. Outro pressentimento de que seria breve.
E eu não sabia nada sobre o amor. Mas me deixei tentar.
Falas emboladas. Nervosismo sem explicação. Um abraço antes de entrar em cena. Uma surpreendente aproximação. Mãos que se entrelaçaram. Lábios que se uniram. Um beijo no olho mas dois corações que nunca chegaram perto de se cativarem. Um adeus.
E eu não sabia nada sobre o amor. Mas ele me pareceu delicioso.

Um certo irmão de uma amiga, outra festa junina. Outra rosa no dia dos namorados, tudo parecia se repetir, numa diferença que eu não sabia explicar. Um cheiro no meu travesaseiro, e aos poucos eu não conseguia me imaginar avulsa.

Finalmente, eu sabia sobre o amor.
Há pessoas que choram porque as rosas tem espinhos, outras se alegram por que espinhos tem rosas.


(Machado de Assis)

As vezes me dá dó de alguns amigos que perderam pessoas amadas, não só para morte mas também pra distancia, e em alguns caso, até pro esquecimento. Cada um, a seu modo, descobriu o jeito de tocar a vida pra frente. Admiro-os. E sei que por mais que agora eles vejam espinhos em suas mãos, eles sabem que um dia eles tiveram rosas.

sábado, 10 de dezembro de 2011

conjugação

eu pensei, no passado
eu pensarei, no futuro
eu penso, no presente
e a razão se sobrepõe
a um simples "eu quero"

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

perfeição

posso não ser o melhor para você
mas sou egoísta o suficiente pra tentar mudar
pra desfazer-me do que não lhe agrada e consertar-me
se assim o quiseres
se for o preço de seres meu
imponho-me à sua vida e aceito, portanto, as consequências
serei capaz de vencê-las, sabes bem
serei feita á sua fôrma
a minha forma, de ser sua.
de ser perfeita para você.
e vendo-me refletida em seu olhar
ser perfeita para mim mesma.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bagunçinha







A lua brilha, o sol repousa tranquilo

A pressa do encontro suimiu: agora era só momento

Memórias repetidamente diferentes, encontrando-se num "quem sabe" que aconteceu

E o que acontecerá? Por enquanto, não importa: vai levando e vivendo, vivendo e sendo feliz.





"que não seja eterno, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure"

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

she wolf

Era noite de lua cheia, o que queria dizer que qualquer misera emoção desencadearia o desastre.

Ele sabia muito bem disso, mas mesmo assim, insistiu para que eu fosse na reunião de família. Ele prometeu fazer de tudo para me deixar calma, e eu sabia que era verdade: Envolta nos seus braços eu me sentia humana, mesmo sabendo da maldição que corria em minha veias.

Arrumada e perfeita eu nem de longe lembrava a natureza animal que se escondia abaixo da minha pele.

Ele sabia do monstro que eu era, mas nunca havia me visto transformada, e eu esperava que ele não me visse desfigurada tão cedo. Tinha medo de o machucar, quando o lobo vencia eu, humana -o que sobrou disso dentro de mim- frágil, não podia fazer nada para reprimi-lo. Eu esperava que se um dia, as emoções me transformassem perto dele, nosso amor bastasse para eu lembrar de quem era ele. Se não, eu não me perdoaria.

Foi então que, enquanto eu estava distraída, ele beijou meu pescoço caminhando cuidadosamente até minha orelhas num vai e vem que me tirou do controle total. Uma inocente caricia que sob o efeito da lua fez meu corpo responder de forma surpreendente. Eu desesperei

- Suas mãos - ele sussurrou, apontando para os pelos cor de mel que nasciam estranhos em minha mãos buscando a forma animal que sempre quiseram ter.

- Vamos pro seu quarto- Eu respondi, enfraquecida pela luta que eu começara a travar com meus instintos. Desviei o olhar do brilho prata que vinha da janela. - Rápido, eu não estou bem - Continuei, não sabendo o quanto tempo eu aguentaria.

Ele então me segurou, de forma que meu corpo em transformação ficasse escondido pelo dele. A sala irrompeu em murmúrios, ele apenas respondia com um "ela tá passando mal"

Quando chegamos no quarto ele me deitou na cama, minha respiração irregular me fazia parecer ainda mais selvagem. Então deixei q a irracionalidade me dominasse, cansada de lutar com o impossível

- Me deixe sozinha, eu vou te machucar - Eu tentei falar sem gritar, apesar da dor da transformação não deixar que eu soubesse se consegui o que pretendia

- Não vou te abandonar, te amo, humana ou não - ele respondeu segurando minhas mãos que agora já não pertenciam mais a um humano.

Então eu, inconsequente, o puxei pra perto. E então eu vi, refletido nos olhos negros dele, um lobo cor de mel totalmente manso deixando-se acariciar pelo seu dono. O lobo estava domado.

sábado, 12 de novembro de 2011

Porque você está estranha?
Porque você está afastada?
Por que você não veio?
Por que você não trouxe ele?
Você não vai lá?
Você não vem cá?
Você é sempre tão quietinha assim?
Você não vai falar nada?

O que você tá escrevendo nesse blog?

Por que você está chorando?

Por que você é assim?

Por que???


Porque as pessoas insitem em perguntar quando elas sabem que eu não tenho resposta!


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

horror

Fernanda sentiu um fio de sangue escorrer por entre suas pernas. Ela não ousou levantar a cabeça. Esperou quieta até que eles estivessem se afastado. A dor física que contraía todos os músculos do seu corpo não era nada comparado com a vergonha e com o medo.
Ela tateou pelo grama, ainda abaixada, em buscas das mãos de Roberto: Não as achou
Uma lágrima escorreu salgada pelos ferimentos do rosto, e um pensamento rasgou sua mente: ele está morto. O pensamento a revirou e contrariando todo os apelos do seu corpo dolorido ela ergueu o olhar em busca dele. Ele estava encolhido com o rosto prostrado na grama, mas respirava. Fernanda se arrastou até ele e se aninhou no peito dele de forma que ela pudesse ouvir as batidas cadenciadas do coração dele. Batidas que denunciavam que a vida ainda corria em suas veias. Ela respirou, um estranho alivio passou pelo seu corpo maltratado, tão repentino como o surto de coragem que havia levado ambos aquelas condições. Ela tentou se levantar, correr pra pedir ajuda, mas caiu nos primeiros passos. Então ela deitou-se derrotada sobre o corpo aparentemente inerte de Roberto. E rezou, para que alguém achasse os dois.
- Por que você deixou que eles fizessem isso com você?- Roberto falou em um sussurro quase inaudível
- Eles te ameaçaram, eu não podia ver eles te machucarem por minha culpa, eu não poderia deixar que eles... desculpa se eu fiz errado...mas eu não consegui... - ela respondeu falando tão rápido que as palavras saiam emboladas e sem sentido de sua boca.
-Por que eu não pude te proteger? Por que você não correu, minha linda? Por que não me deixou sozinho? Assim você estaria protegida.
- Por que eu te amo.
Ela respondeu, enquanto se permitia esparramar-se pela grama a espera de um milagre que apagasse da mente dela todo aquele horror.


Inspirado num conto que eu li a muito tempo de uma amigo... não ficou como eu queria, mas...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ocultos

Escondo meu auto controle sob a mascara da timidez.
Tolho os desejos e transformo-me me gelo.
Como um anjo protejo-me envolta minhas asas brancas e castas.
E silenciosa espero quem derreta-me.
Que me leve, me guie e me ensine.
Lutarei contra os seus esforços, mas peço que não desistas.
Não será fácil, não será agora e não será certo.
Insista!
Controle-me.
Descontrole-me.

Deixe-me inconsciente.

Inconsequente.

Tire-me da minha razão pré fabricada

E obrigue-me a ser eu.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

dúvida

eu disse pra mim mesmo que era estupidez.
mesmo assim, cliquei em enviar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

aviso aos que me seguem e são seguidos... por um problema qualquer q eu não sei explicar não consigo mais comentar no blog de vcs... ms continuo lendo o q vcs escrevem okay :D beijos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

o quarto de Camille

Camille não afastou o toque quente das mão de Raphael. Mesmo que a temperatura da sua pele lisa e morena a assustasse um pouco, ela deixou que ele percorresse sua cintura a caminho de seu pescoço, onde ele, sem delicadeza ou brutalidade, simplesmente seguindo instintos, tomou o rosto dela entre as mãos para contempla-lo.

Camille também o observou. Receosa e inundada de um prazer inexplicável. Ele não parecia humano, seus olhos castanhos eram vivos e sedentos por algo que ela não podia explicar. Aquele par de olhos penetrantes a amedrontavam ao mesmo tempo que eram um convite irresistível à proximidade.

Era viciante sentir o calor que emanava dos seus braços fortemente envoltos no corpo magro e frágil de Camille. Sua boca, ao contrario de todo seu corpo (aberto à contemplação) calava-se. Como se escondesse um segredo milenar. Segredo esse que Camille ousaria desvendar.

Ela o havia deixado entrar na sua casa, sem que ninguém visse. Agora estavam os dois deitados na cama dela. Imprudentes e impulsivos.

Então a lua, cheia e zombeteira, brilhou no céu inundando o quarto de uma luz azulada e fria. E Raphael, veloz como um anjo (como sugeria o nome) desceu, sem explicações, pelo parapeito da janela do segundo andar, de onde espiava Camille todas as noites e desapareceu por entre as folhagens do jardim.

E Camille ficou na janela, vendo o desaparecer. Ela guardaria seu segredo. Ele no entanto, levava consigo, para sempre, o calor do quarto de Camille, e sem querer, no correr veloz de um lobo Raphael levava também o coração da pobre moça.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Querido Jonh




Sou imensamente melhor com as palavras escritas do que com aquelas faladas, que insistem em sair da minha boa em um tom desagradável e uma sequência impossível de se compreender. Por isso, venho por meio desse texto dizer tudo aquilo que nunca ouvira da minha boca. Espero que esse assunto acabe aqui.
Primeiramente não estranhe em pensar naquilo que você esta supostamente perdendo, eu também já passei por isso quanto a você, sei que é desagradável. Mas eu tomei uma decisão baseada no que eu sentia (ou antes no que eu sabia que sentiria). Agora eu tenho certeza, a duvida me fez mais forte. Uma vez eu pensei que a gente não tinha sido uma escolha. Agora vejo que nós somos. Eu te escolhi. Se quiseres também me escolher estarei te esperando. Se não escolheres reunirei todas minhas forças para não julgar-te.

Porém,antes de tudo, pense que o que te prende a mim não é minha pessoa e sim o que você diz sentir. Eu no fundo acredito que você não mentiu. você não é um monstro.

Segundo, me decepcionou sua omissão quanto a me perdoar. Pode parecer bobagem mas eu posso as vezes ser muito cruel comigo mesmo, e um carrasco lendo meus crimes me machuca demais. Meu ponto fraco. Você o achou. Seria cruel continuar utilizando-se disso.

Até por que eu já cometi erros maiores e fui perdoada, o que me fez acreditar que o amor pode redimir quantas forem as diferenças e as palavras mal ditas. Ainda espero seu perdão, porém eu já me desculpei e isso pode ser o bastante. Você tem que entender que eu não tive muito contato com pessoas na minha vida. Pra mim relações humanas ainda são um misterio. Estou sucetivel a erros. Não posso privar a gente disso, se não a entrega não seria completa. Não ame por inercia, nem por pena. Não é justo com você. Eu tenho minhas certezas e espero que encontre as suas.

Eu te amo

Independentemente.


Da sua Joana

Primeiros erros

Errou
Julgou-se
Condenou-se
Sofreu
Pediu perdão
e só ouviu o eco de sua voz nas paredes vazias da prisão branca da loucura.

sábado, 24 de setembro de 2011

Ana tinha as rosas na mão, como um buque de flores de uma noiva que esperava o marido que não viria. Ele não ia viria. O recado estava dado.
Ela se culpava. O erro tinha sido dela.
Ela era infantil e carente. Tinha feito charme, tinha sido cruel. Agora colhia o remorso de sua própria inconsequencia.
Ela calou-se nas horas erradas, disse demais em outras. Foi sincera e mentiu, sempre das formas erradas.
Ela era um erro e ele merecia algo melhor que ela. Ela era egoísta o bastante pra não dizê-lo.
Mas o tinha dito, ou melhor o havia, sem querer o feito entender.
Era claro que ela o havia empurrado para defronte das inseguranças e duvidas que ele tentava ignorar. Ela se odiava por isso.
Então uma lágrima escorreu pela face maquiada daquela menina tola, e ela jogando fora o buque de rosas jogava junto seus sonhos e esperanças. A partir disso ela aprenderia a viver só no seu mundo de mentiras particular.


http://www.youtube.com/watch?v=fxrr-eiYF1s&feature=autoplay&list=PL61F846D50ADD7DB2&lf=mh_lolz&playnext=5

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

reencontro

http://www.youtube.com/watch?v=q84smaU7jzM

É ele, eu não tenho duvidas. Mas o que ele poderia estar fazendo aqui? não faz o menor sentido. Deve der uma alucinação da minha mente carente. De novo? De novo dentro de um onibus? Será que nosso destino era sempre nos reencontrar num onibus? Tá certo que esse era um onibus normal, e da primira vez era um onibus escolar... mas mesmo assim... de novo estávamos sentados frente a frente como se o destino insistisse em nos reunir. Eu não vou dizer oi, fico com vergonha, vermelha que nem camarão. Ele nem insistiu, deve tá pensado que se confundiu. Mas vai que não é ele? Não... é ele sim. Obivio que nem da outra vez.
Da outra vez eu tinha falado com ele? Não, ele que tinha falado comigo... eu lembro de ter contado isso pra minha melhor amiga da época... falando nela Deus me livre em, ela nem fala mais comigo hoje... que falsa... nossa to saindo do assunto.
Ele ta me olhando, acho que reconheceu. Vou pegar um livro dentro da bolsa. Droga eu não trouxe nada! Vamos ver um livro de faculdade. Hum deixe-me ver... Livro Ilustrado sobre a vida de Willian Turner. Não esse não, ele vai achar que eu tenho três anos e sou apaixonada por piratas do caribe. Porque eu não tenho nenhum livro de calculo? eu ia parecer bem inteligente...
"Oi, estou em duvida se é você mesmo, mas a gente não se conhece?"
Jesus! ele falou comigo. Ele me reconheceu.
"Heeee" eu emiti um som... desconhecido, estranho, sem noção mas era uma resposta. Ou não?
"não ia falar comigo não?"
Toma essa otaria! Aliais aproveita que a gente tá em cima da ponte e se joga!
"não te reconheci" nem me preocupei em arrumar outra mentira mais convincente
"sei..." ele duvidou "a gente se vê por ai" ele disse enquanto fazia menção de levantar segurando na cadeira da frente com o anelar da mão direita com uma aliança de compromisso tão grande e reluzente que eu achei que ia me cegar.
"ée talvez num ônibus de novo" eu falei, ainda bem que ele não ouviu. Por isso que pessoas como eu acabavam sozinhas: Nem tchau eu dei... que educado da minha parte.
Ah depois eu me desculpava on line. eu era muito mais educada usando as teclas do que as palavras. Por que pessoas são tão difíceis?? ou era eu que era estranha... será que ele lembrava mesmo de mim? será que ele me achou mal educada? me perdi nos meus pensamentos e aflições e quando olhei pra trás meu ponto passava pela janela sem q eu tivesse decido.... Drogaaa!!!!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Flores

A rosa vermelha estava confusa no seu canto. Tudo era rapido demais para que pudesse entender. Tudo parecia perfeito, mas não era. Tinha conhecido o Cravo, e ficara decidido que seria dada a ele. Mas será que a rosa queria ser do cravo? E pior ainda, será que o cravo quer a rosa? Ou sera que a rosa é simplesmente a unica opção apresentada ao cravo?
Talvez a rosa branca queira o cravo mas não quer falar. Mas por favor, como espera que a rosa vermelha descubra de suas intenções? Talvez o cravo prefira a rosa branca, mas talvez prefira a vermelha! Além disso, talvez exista um outro cravo esperando...
Ah, pelo amor de Deus, porque não tornar isso mais simples? Porque não consiguimos simplificar? Não pense que não queriam as flores.
Mas esperar e ver é melhor. Esperar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fotografias

Eu o olhava em fotografias e não o reconhecia, ele era um estranho pra mim.
Mas quando ele fechava os olhos e deixava que eu o tomasse como meu, ele era lindo e surpreendentemente perfeito pra mim.
Nessa hora eu reconhecia nele nós.

memorias editadas de Joana

Rafael tinha meu corpo em sua mão. Levemente ele explorava minhas curvas com suas mãos grandes e firmes. Eu não o parava. Não me sentia agredida, ao contrario do que provavelmente eu esperava dos meus pensamentos provincianos de menina pura e ingnua. Não via maldade nem culpa. só deixava que ele me possuísse e me guiasse.

Ele passou a mão em meu rosto, retirando um fio de cabelo insistente que caiu sobre meus olhos. Eu o agarrei mais forte, passando meus braços magros em volta da cintura dele. Queria o para sempre perto de mim.

Ele me virou, assim de repente, e me envolveu entre seus braços. Encostou com suavidade os lábios em meu pescoço, e bem devagar foi se aproximando do meu ouvido.

Eu podia sentir a respiração curta dele como uma brisa que acariciava meu ser. E meu corpo se arrepiava em resposta.

Então ele, me pegando totalmente de surpresa, sussurrou com a voz firme de um homem (meu homem). Tão perto que eu podia sentir as pausas entre cada uma das três palavras que eu saboreei com prazer: EU TE AMO.

E eu, era só sonho.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ele/ela

"Ela já quis ser de tudo e até sonhou em ser piloto de avião
Finalmente alcançou o céu no instante em que ele lhe pediu a mão
Três letras ela respondeu
Na mais linda música se transformou sua voz
Enfim não haveria mais qualquer fragmento de vida, vivido a só"

Sandy

http://www.youtube.com/watch?v=pSv1_ibvrVM&feature=player_embedded


"Quero ser mais do que um amigo
bela, quer namorar comigo?"
meu olhos se fecharam e eu deixei que o sonho começasse.

rascunhos

Explicado, já não era mais medo.
Ainda a assustava, mas não era mais o desconhecido.
Era palpavel e ela o possuia em suas mãos brancas e pequenas.
Só não sabia por que não o jogava fora.


tava no meu caderno, eu sei o que significa, vocês provavelmente não


http://www.youtube.com/watch?v=KfwmiD5CFCg&feature=related

sábado, 13 de agosto de 2011

A outra

-Ela foi muito especial, não posso negar... ela foi minha primeira vez
Não esperei Lucas terminar a frase, tudo girou ao meu redor e eu só conseguir focar em uma cena: Ela- que eu nem sabia quem era, mas naquele momento ela me pareceu bem nítida e ameaçadora- explorando com voracidade aquele corpo que eu tinha em meus braços. Devorando a alma que eu ansiava por ter. Ocupando para sempre um coração que agora eu duvidava que um dia seria meu.
Eu enrrubeci escondendo meu rosto contra o peito dele. Ele nada disse, apenas me apertou mais forte.
- Não se preocupe, foi só uma vez, de certa forma sou igual a você. Não precisa ser tão tímida.
Eu não me movi. Isso era indiferente. tudo que ele falava eram meros sons que eu mal decifrava. Só a cena me torturava como se eu já a tivesse visto.
Senti nojo.
-Nunca vi também, você fica sem graça com tudo- ele acusou
Eu não respondi, tinha vergonha, não das palavras dele, mas do que minha cabeça havia imaginado. Na verdade vergonha era o de menos, o triste era a culpa pela comparação.
Era egoísmo meu querer ser única, mas eu queria. Queria ser especial como ele era para mim. Tinha medo de o decepcionar, de ser enganada, de me iludir, de me arrepender...
Eu tinha mil duvidas, medos, anseios e desejos.
Afinal, ali, frágil e insegura, eu era apenas uma criança.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Analogias 2

Mariah estava na minha frente, linda e loira.
Identica a preferida dele.
Tudo que ele sonhou.
Ali na minha frente. Ao alcance de minhas mãos sedentas por sanar a paranoia da minha cabeça.
Falando no celular sabe-se Deus com quem. Provavelmente com mais unzinho que ela havia seduzido.
Pelo menos enquanto ela estava ocupada Diogo não iria lá, pra perto dela. Babá-la. Afff!
Era minha amiga, é claro, nunca deixei de gostar dela.
Só odiava as analogias.
Só odiava o jeito que ele me comparava a ela.
O jeito que ele a comparava à suas memorias.
E o jeito que essa memorias me atormentavam.
Linda, legal, igual a ela.
Como poderia não me importar?
Eu queria desesperadamente me importar de verdade.
Mas no fundo era indiferente.
E a indiferença me matava sozinha.
Já o ciumes, matava os dois.





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Paradoxo

-Quem é o nerd de cabelos cacheados, olhos azuis e dentes perfeitos por quem você foi apaixonada? - minha amiga me surpreendeu com a pergunta
-Não conheço ninguém assim- eu respondi confusa
-Mas ele aparece em todos seus textos - ela riu
-É meu perfil de menino perfeito - eu disse, confusa com o paradoxo no qual estava inserida.

é real, simples e totalmente confuso!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quartos de um coração...

Ela era uma menina que realmente estava disposta a distribuir seus pequenos e delicados corações. E fazia de bom grado. Bastava apenas mostrar que merecia, ser simpático, querer estar na vida daquela garota, e ela logo dava aquela prova de carinho, de importância. Claro, como já disse, se fosse merecido. E tratava de garantir que cuidassem do coração, pois afinal, era dado com muito amor uma parte dela mesmo.


Foi quando apareceu um menino que já havia ganhado um coração a muito tempo atrás. E um dos grandes, por sinal. Faceiro, quis ganhar um coração, assim, do nada.


E levou a seguinte resposta da menina: Por que te daria um outro coração, se você já jogou um fora? Eu confiei em ti, e você me decepcionou. Agora se quiser mesmo, lute e reconquiste seu lugar.
E continuou a ver para quem distribuiria seus corações.



Ju :)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

os amigos dele

Os amigos dele me olharam curiosos com se estivessem se perguntando o que ele tinha visto em mim. Como se, apenas com aquele contato inicial, eles pudessem analisar meu ser e descrevê-los nas mais simples palavras. Tolos, me julgavam tão simples.
Eu mal os encarava. Por medo ou vergonha, não sabia. Só ousei levantar os olhos uma vez.
Foi meu garnde erro.
Eu o vi.
Discreto em meio aos outros amigos que me julgavam, ele me olhava com doçura e duvida, como se reprimisse uma verdade que saltava em seus olhos: ele estava totalmente vidrado em mim.
E para meu susto, eu retribuía o olhar. Assim meio de soslaio, totalmente culpada.
Mas não havia como fugir.
Ele, eu ainda não sabia quem ele era, estremecera todas as minhas certezas de anos.
Não era apenas mais um amigo do meu namorado.
Era um alguém pra quem eu nunca deveria ter sido apresentada.
Ele continuou me olhando, como os outros, mas por sorte só eu percebia a diferença.
Não fui rápida o bastante pra desviar meu olhar daqueles inquietantes olhos verdes.
Ele percebeu a recíproca.
Ele então me estendeu a mão.
Eu neguei, pousando os olhos em meu namorado.
Ele não estava prestando atenção.
Me senti traída pela sua ausência.
E por um momento segurei aquela mão traiçoeira que me tentava.
E quando eu percebi, sem que trocássemos caricias ou beijos, eu já o estava traindo.

sábado, 30 de julho de 2011

armário

Eu nunca fui muito corajosa, mas sempre soube prever enrascadas. E agora, sem duvidas, eu estava numa. Tem um homem num meu armário - pensava. Quer dizer, um e meio.
Ah, Dan! Diga-se de passagem, lindo! Ah, moreno, olhos verdes, e um corpinho... E claro, nada comum, pra minha tristeza. Ah, e tem Mike, que não é tão homem assim.
Corrigindo minha frase, o meu anjo da guarda está trancado no meu armario com seu estagiário, pelo qual eu estou completamente apaixonada.
E eles, ao invés de me proteger, buscavam minha proteção contra o maior perigo que poderiam enfrentar: minha mãe, que caminhava em direção á meu quarto nesse exato momento. Imagina, ela vendo dois homem aqui comigo!
- Filha, quanto tempo! E ai, tudo bem?
- Sim, mãe, oi... Nossa to com uma fome...
- Já arrumou seu armário?
- Erhh... Não, vou arrumar...
- Então faça isso que venho verificar daqui a pouco, quando terminar o lanche.
- Graaaças a Deus, Sthep querida! Imagina ela me ver aqui! - Disse Mike, saindo do armário.
Eu fui logo em direção a Dan, que me puxou, sussurrando:
- E então, onde a gente parou? Isso, sendo história de anjo, provavelmente eu tinha que te salvar de algum anjo caído que quer te matar e...
- A gente pode pular pro fim?
- Claro...
E, obviamente, ele me beijou.

sábado, 23 de julho de 2011

eu sei

http://www.youtube.com/watch?v=W6igEPWb6Xg&feature=related

eu sei que voce não vai ligar.
sei que não vai responder minhas mensagens.
sei que não vai me elogiar.
sei que você não é aquele que eu pensava ser.
sei que não está prestando atenção.
sei que não lerás nada disso.
sei também que estou errada sobre tudo isso.
Só não sei se me importo.



a musica nem tem nada a ver... mas eu gostei dela :D

sexta-feira, 22 de julho de 2011

crianças

Eu sentia a respiração curta dos seus lábios tão próximos ao meu pescoço. Então eu me arrepiava sentindo todo meu ser respondendo às suas caricias.


Você chegava aos meus lábios enquanto brincava carinhosamente com meu corpo apertado contra o seu.


Eu ansiava por mais, por possuir-te e deixar me ser inteiramente tua.


Não queria largar-te.


Éramos um.


E nesse momento, o sonho era só meu.


Não tinha que me preocupar em realizar tudo aquilo que esperavam meus devaneios de menina.


Não teria que me preocupar se estava com você ou com o personagem que criastes pra me conquistar.


Não precisaria atender a todas as ideias prontas que aqueles que me aconselhavam.


Tudo era simples.


E paradoxalmente, sendo mulher eu me sentia criança.

sobre meu direito de estar na coxia



Um vez eu e meu amigo estávamos em uma peça infantil, ele era o vilão e eu era seu papagaio ajudante. Era estreia dele na peça e nem ensaiado direito a gente tinha. Mas como éramos todos conhecidos, a gente pensou conhecer a reação dos nossos companheiros. Foi ai que o diretor, que era também ator, do nada entrou em cena e puxou meu amigo com uma deixa (fala que introduz uma outra fala) que dava spoilers de uma cena futura. Meu amigo ficou sem o que fazer... Não era a cena dele, não era a fala dele, e aidna estava estragando a peça, e ele não podeia fazer nada... E eu como papagaio muito esperto, me mandei.

Voltei pra coxia, de onde nem ele nem eu deveríamos ter saído.

E por que eu estou falando isso. Hoje, por um motivo qualquer exigiram que eu subisse no palco em uma cena que não era minha. Que eu entrasse de improviso, sem texto, sem marcação e sem noção.

Eu mais uma vez recusei.

Não era a minha hora de tomar as atenções.
Não aceitaram.

Jogaram tomates ( e é sabido que tomates me magoam muitíssimo) e me chamaram de imprestável. Como se o simples fato de eu ter desrrespeitado a ideia do que era certo me tornasse o mais insensível e egoísta dos seres.

Então eu pergunto, por que me tirar o direito de estar na coxia, se assim eu não estrago a cena de ninguém?

por que me obrigar a agir contra o scripit?

Porque todo mundo fez isso? Por que a vida é assim cheia de improvisos?? Eu não aceito!

Quero sim me desligar da cena principal!

E se quiser minha participação na peça me fale que eu aceito de bom grado entrar em cena, mas me diga antes! Me diga o porque! Me diga o que fazer!

E eu vou continuar longe dos holofotes.... não feliz porque ninguém fica feliz sendo pintada como um monstro rebelde que se nega a participar do espetáculo por querer ser apenas uma coadjuvante.

Mas ainda assim, estarei onde acho justo estar.

E você sábio juiz, julgue como quiser... se um dia eu aprender a não me importar, simplesmente não reclame... e se for reclamar... estarei na coxia.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

um recado

O triste é quando as pessoas tem certeza que te conquistaram e começam a dizer suas verdades em tom de brincadeira.
É, eu tenho que aprender muito ainda sobre relacionamentos. Costumo exigir da pessoas mais do que meus lábios dizem fazer. E isso não é muito produtivo, mas fazer o que eu sou assim.
Vocês que me percebam. Estejam atentos. Sempre.
Sei que estou errada, e sei também que não mudarei.
Sei que isso passa.
Sei que me importo mais do que admito fazê-lo.
Sei que eu esqueço.
De todos os que disseram me amar o único que eu acreditei nunca me fez uma jura de amor.
Sou confusa. Não me entenda.
Só me observe.
Gosto de ser observada.
Ter atenção.
Ter carinho.
Mimada, inexperiente, exigente, infantil, carente.
Disposta a me adaptar.
A ser sua.
Se quiseres.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

AT2

Segunda
Luan diz a Ana q não vai a festa. Ana pensa que ele a está dispensando. Ana encontra Rodolfo na festa. Os dois ficam. Rodolfo diz a Lenita que está afim de Ana.

Terça
Ana diz a Raiane que ainda se sente balançada por Luan. Rodolfo liga para Ana e eles saem de novo. Ana beija Rodolfo e Luan vê os dois.

Quarta
Raiane diz a Ana para continuar com os dois. Ana diz que quer namorar Rodolfo. Rodolfo manda um buquet de rosas com um pedido de namoro.

Quinta
Ana diz a Luan que não trocaria o amor de Rodolfo pelo dele. Luan diz que gosta dela mas Ana não tem certeza que ele está falando a verdade. Ana fica balançada. Rodolfo vê Luan e Ana juntos e pede explicações.

Sexta
Lenita conta para Ana que Luan não quer nada serio. Ana pede desculpas a Rodolfo. Rodolfo não aceita e Ana liga desesperada para Raiane. Raiane liga pra Rodolfo e ele confessa ainda estar apaixonado.

Sábado
Não haverá exibição

quinta-feira, 7 de julho de 2011

minhas verdades

A noite estava linda.

A lua, cheia, pairava no céu.
Belíssima.

Mas nada roubava a beleza do momento.

Do meu momento.

Eu me sentia segura envolta no carinho dos braços que rodeavam minha cintura.

Era diferente de tudo que eu já tinha experimentado na minha vida.

Mágico, curioso e inexplicável.

A felicidade mal cabia em mim.

"Posso ser sua amiga?"

"Pode ser mais, se quiseres"

"Eu quero" pensei.

E não sei se ousei dizê-lo

Eu era só silêncio.




"Antes de qualquer status, desejo ou pensamento racional, quero que você fique porque simplesmente gosto de estar com você"

Finalmente eu tenho uma certeza.

terça-feira, 5 de julho de 2011

lembrança pra voltar

http://letras.terra.com.br/enya/671128/

Ali sentados perto da piscina, João estalava os dedos, nervoso. Carol olhava para o céu, sorrindo. Várias estrelas brilhavam, e a lua cheia dava á aquela cena cara de filme, mas ambos sabiam que era bem real. Inacreditavelmente real - pensava Carol. Ela mal podia acreditar naquilo, que depois de tanto tempo ela realmente estaria ali, tão perto dele, só os dois. Ele sorria sem jeito, sem saber o que fazer.
- Ninguém merece eles, né?
- Pois ée...
Silêncio. Buscavam assunto, qualquer um.
- Que tipo de banda você gosta?
rindo, a resposta.
- Escuto de tudo, e você?
Assim começou a conversa. Assim riam, e timidamente se conheciam.
- E ai casal, vão ou não ficar?
Alguém gritou isso, mas eles só riram, sabendo a verdade naquelas palavra. Sem querer mãos se esbarraram. E ficaram por ali mesmo, encostadas, frias, doces.
- Você quer ficar comigo?

Carol sorria ao lembrar da cena, agora distante. João, bem, como saber? Provavelmente sorria.
Agora aquilo, já romanceado, já algo que podia ter sido e foi, e que podia ser diferente, mas como saber?! Agora eram só lembranças.



~>~°-°~<~

Foi o que eu lembrei com a musica sugerida por uma amigo... texto as pressas kkk


beijinhoos! Ju ^^

segunda-feira, 4 de julho de 2011

DOIS ELES (ou mais)

Até quando ele ainda vai existir?
Até quando eu vou lutar contra o obvio?
Mas quando ele diz que é só meu,
ele já não faz mais sentido nenhum.


Eles não são a mesma pessoa.
Ele passado.
Ele presente.
Meu presente.
Ele mudou.

Mas eu não mudei.
Pra ninguem.
Nem pra ele.

domingo, 3 de julho de 2011

lembranças

essa cena me veio na cabeça, achei valido narrá-la


Lugar: Entrada da gruta da onça, em vitória.


Eu mais alguns amigos fazíamos um tour pelo centro para um trabalho da faculdade. Eu ria, mas meu pensamento pairavam no que tinha acontecido no dia anterior.

Estávamos numa quinta feira de manha, então o dia de ontem obviamente tinha sido uma quarta, dia de teatro. Uma quarta comum, que não teve curso por causa de uma peça do vida urgente (que meus olhos molhados de lágrimas não me deixaram assistir). Um dia que eu tinha tomado uma decisão. Uma decisão impulsiva e inconcreta que me colocou precocemente no caminho certo.

Eu viajava nas minhas lembranças quando uma informação me despertou dos meus pensamentos: "Meu irmão é da idade de vocês" uma amiga falou. Eu ri por dentro -quem sabe aquilo não era um aviso dos céus para eu parar de olhar pra trás e ver outros horizontes?

"Me apresenta então" eu falei sem titubear. Meus amigos riram, mas eu no fundo falava a verdade. Em tom de brincadeira é claro, pois quem era eu pra forçar um acontecimento desses?

Então o tempo passou, muito outros foram e vieram. E essa cena foi para um canto bem isolado dos meus pensamentos. Mas para o destino, nenhuma palavra é esquecida, e o "me apresenta" se tornou realidade.

Então, como por milagre, a historia escreveu-se como eu, naquela época, jamais poderia supor.

sábado, 2 de julho de 2011

principe encantado

Com uma certa saudade dos post-pensamentos, venho expressar-me com algo que a muito está na minha cabeça (e que nitidamente inpirou meus dois ultimos posts).


No teatro nos aprendemos as desmistificar os personagens. A entender que nem todo vilão é mau e nem todo mocinho é inocente, a ver que todo mundo tem um lado bom e um ruim, até mesmo as mais candidas mocinhas de nossas historinhas infantis.

Então eu começei a pensar nas historias de amor em si.

Você reparou que toda princesa nunca teve escolha? Elas simplesmente se apaixonaram simplesmente pelo primeiro homem que chegou perto delas com a esperança de salvá-las da prisão em que elas viviam? (e que tantas vezes podemos comparar essa prisão com nossa própria solidão?)

E quem disse que houve paixão? Elas mal sabiam o que era amor, como elas podiam ter essa certeza? E como um dia eu, que nem princesa sou, poderei tê-la?

Por que eu não a tenho agora se tudo converge tão bem para o que eu entendo como meus sonhos de princesa?

Como será sentir sempre o mesmo beijo? pensar sempre no mesmo rosto? Desprezar todos as outras hipóteses por elas simplesmente não parecerem mais cabiveis? será que já me sinto assim? será que foi de fato minha escolha ou eu sou mais uma "senhora encantada"?

Cinderela, Rapunzel, Branca de Neve, todas felizes para sempre na limitação de suas mentes que amam um só por não saber que no mundo existe outros (se bem que branca de neve ainda teve os anões né?).

Ou será que se elas tivessem escolhas elas escolheriam ainda assim seus encantados?

Talvez se aproximar seja um rio de incertezas mas que no final desague em uma escolha.

E o que eu sei, se é que sei de alguma coisa, é que muitas pessoas reais, que tal qual minhas inocentes princesas também foram consequencias e não motivos, estão felizes com a escolha que acreditam ter feito (ou que de fato fizeram, eu não saberia julgar.).

E isso que no final importa mais: O felizes para sempre (ou ate que os olhos se abram).

quinta-feira, 30 de junho de 2011

eu, agora.

Não sei ao certo se o que eu digo é real.

Não sei se o que voce faz é verdade.

Essas incertezas me matam,

mas também me seduzem.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

personagens

Éramos um casal. Não por escolha própria, mas por vontade de nosso diretor.

Tinhamos a química perfeita, ele insistia. E eu? particularmente não concordava nem discordava, só desconhecia. E não gastaria meu precioso tempo querendo conhecer. Além do mais, havia o risco inegável da decepção e definitivamente eu não o ansiava.

Eu tinha um texto pra gravar e um cachê para receber. Haviam aplausos a serem dados, e eu estava pronta para recebê-los. Independente de quem estivesse ao meu lado.

Se fosse preciso vender meu sentimentos eu os venderia.

Se fosse necessario forjá-lo eu os forjaria. Eu era uma artista.

Eu sabia me manipular, e possuia motivos suficientes para isso. Mesmo que inumeras vezes eu duvidasse da utilidade de tudo isso.

Estava decidida,: Iria subir no palco e quem sabe descer de lá rumo à uma nova realidade de cabeça erguida e faces errubecidas de satisfação por ter escrito meu próprio destino. E talvez, se parasse para conhecê-lo melhor, talvez eu voltasse ao meu mundo com um sentimento a mais. Era tudo ilusão.

Personagens.

Mas não havia tempo, eu tinha que atuar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Se você vem às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz.

Saint-Exupéry



queria uma coisa minha, mas acho que a raposa do pequeno principe resumiu tudo que eu queria dizer na frase acima.

sábado, 11 de junho de 2011

Revelações

o desenho é meu, então n está mto bom kkkk

http://www.youtube.com/watch?v=t5Sd5c4o9UM

Eu não sabia ao certo porque estava ali. Na verdade sabia, mas custava admitir: tinha vindo atrás de Thiago.
Ele me deve respostas - pensava enquanto caminhava por aquela festa. A decoração quase ridícula e exagerada de roxo e verde me faria rir se não estivesse tão concentrada em acha-lo. Os casais dançavam ao meu redor, despertando uma pontada de inveja em mim. Nisso, eu encontrei-o.
- Ei, Thiago...
Eu o chamei, enquanto ia na sua direção. Estava lindo. de terno, o cabelo bagunçado. Seus olhos espertos me fitaram um segundo:
- Erh, oi Bianca...
Ele virou, e foi embora. Como assim? Ele me convida para ir num "baile" com ele e me deixa sozinha? Segui-o, e agarrei o seu braço.
- Espera, vai me deixar aqui? Você me convida e...
- Bia, agora não é uma boa hora, desculpe-me.
Ele continuou andando. Eu não podia acreditar naquilo. Eu parei logo atrás dele. E se virou de novo.
- Vai-embora-agora! - Disse entre dentes, um lampejo de fúria e medo em seus olhos. Eu fiquei com medo, mas estava decidida e permanecer ali. Quando já cogitava a hipótese de ir embora mesmo, ele me puxou. Me arrastando até o fim do salão, para o lado de fora, me virou.
Eu sabia que Thiago não era normal, que ele não era como os outros garotos. Mas agora eu tinha certeza que ele era sobrenatural.
- Você queria saber o que eu sou, não é? Pois eu queria te proteger, mas já que você insiste...
- Não faz diferença, eu gosto de você, eu disse.
- Tem certeza? , exclamou rindo.




Quando descobri o que Thiago era, uma grito quase ecoou pelo pátio.








Julia ^^

sexta-feira, 10 de junho de 2011

recadinhos

http://www.youtube.com/watch?v=OuY_SPYOV_o


Todo santo dia, Clara lia o mural do seu grupo de teatro. Gastava horas vendo os versinhos de sua melhor amiga, os desenhos do seu "brother", os textos chorantes de uma menina quietinha, as piadinhas do menino mais engraçado que ela conhecia....



Porém, tudo isso virava secundário quando ela descobria um texto de Maurício. O menino mais interessante e fofo que ela conhecia. Bonito, simpático, agradável, prendado, culto e educado.... Sua alma gêmea! pena que ele ainda não sabia disso.



Mas um dia, 13 de Agosto pra ser mais exata, em uma sexta feira, ela percebeu no meio dos recados um A4 bem decorada e com a letra impecável de Maurício.



Lá havia uma poesia.



E o titulo era "Clara"

terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu larguei tua mão para que você a pegasse de volta

E assim eu pudesse sentir, como se fosse novidade, seus dedos fortes entrelaçando-se ás minhas mãos finas e frias.

Fui embora, para experimentarmos novas emoções.

Corri de ti, para que você viesse atrás de mim.

Afastei-me, para sentires saudade.

Eu era curiosa, estranha e indecisa.



Mas, eu retornei.

E a casa estava vazia.

sábado, 28 de maio de 2011

gêmeos

Eu me deitei de olhos fechados no banco do corredor do colégio.

Deixei que o barulho dos tambores do congo enchessem meus ouvidos. Senti uma paz engraçada, como se tudo tivesse em seu devido lugar. A escola estava em festa, e isso me pareceu incrivelmente divertido, mesmo que eu estivesse totalmente alheia a tudo isso.

Era como se nada mais importasse. Se eu e Jorge estávamos juntos ou não? Eu pouco ligava, estava feliz sozinha e isso bastava.

Mas, quando eu menos esperava, sem querer abri a caixinha de surpresa que é a vida.

Mesmo de olhos fechados, eu senti alguém que se aproximava sutilmente de mim. Era Alessandro, irmão gêmeo de Jorge.

Ele chegou perto - bem perto mesmo, muito mais do que eu poderia esperar dele- e sussurrou no meu ouvido tentando imitar a voz do irmão.

"Continua de olhos fechados minha bella"

Eu ri, eles eram idênticos, estar de olhos fechados pouco faria diferença, mas eu sem saber muito por que entrei na brincadeira dele. Não imaginava o motivo dele em querer me enganar, mas deixei que ele achasse que estava conseguindo seu propósito.

De surpresa, ele deitou seu corpo bem perto do meu, me inundando entre o calor de seus braços. Eu me surpreendi com a ousadia, mas não ousei afastá-lo. Afinal, eu, no escuro dos meus olhos fechados, me senti totalmente protegida dos olhares alheios.Como uma criança que para não ser vista tampa os olhinhos, como seu pudéssemos nos esconder do mundo só fechando-se em nós mesmo.

Então, ele me beijou. E eu, atônita, só fiz beijá-lo em troca. E, naquele momento, eu não era sozinha. Era um surpreendente mundo só a dois.

Porém eu teria que acordar de tudo aquilo, então eu abri os olhos, lentamente, enquanto ele carregava meus lábios entre seus dentes como se não quisesse mais livrar-se deles.

"Alessandro, você pensou mesmo que eu não ia perceber que era você?"

"Então por que você me deixou fazer isso, minha bella?"

"Por que nunca é tarde para perceber uma escolha errada"

E eu fechei os olhos de novo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

cantiga de roda



Ai, eu entrei na roda
Ai, eu não sei como se dança
Ai, eu entrei na "rodadança"
Ai, eu não sei dançar...



Ela definitivamente não sabia dançar. Não naquele ritmo estranho que seus pés se viam obrigados a dançar. Mas ela tinha entrado na roda por livre e espontânea vontade. Só pra ver que dança era aquela que as pessoas faziam parecer tão fácil. Agora ela estava ali, ouvindo a musica sem muita certeza se queria dançá-la.


Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um
Tenho sete namorados, mas não gosto de nenhum...


5 nomes de meninos - e não sete, como na musica, ela agradecia aos céus - e uma única escolha que mudaria sua vida. Como numa prova ela tinha cinco opções e só um X a ser marcado. Só que ali era mais difícil, pois era seu coração que estava em jogo. A) ( ) B) ( ) C) ( ) D) ( ) e E) ( ) e uma única resposta que ela não sabia qual era. E quanto mais ela relia os nomes mais percebia que de fato nenhum era uma opção.


Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira
Lá se vai o meu benzinho, no vapor da cachoeira.


E ela pensou, pensou, e o tempo acabou sem que ela tivesse marcado nenhuma das opções.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

-Onde está o desenho que eu te dei?? Aposto que você jogou fora! - Clarisse berrava com os olhos cheios de lágrimas numa raiva que nem ela sabia de onde vinha- Cala a boca André, não me diz que você perdeu, eu não quero ouvir tamanho descaso. Ahhh você deve ter dado pra outrazinha pra quem voce fica mandando os recadinhos chateadinho no twitter... Olha só, você não pode estar com nois duas tá... você não tem competência pra isso! Eu não queria desistir de você, não queria mesmo... mas não dá! você nunca me surpreende... é eu ainda não me acostumei a essa mesmisse....Se a gente fosse um livro eu jamais leria, chato, lento e previsível!
Clarisse chorava aos soluços enquanto seu corpo tremia ao despejar torrencialmente todas as coisas que ela guardava a tanto tempo no seu coração. Ela não sabia o quanto daquilo era verdade e quanto daquilo tinha vindo no embalo da raiva que ela inexplicavelmente começou a sentir.
Clarisse não era mulher de meio romance. Ou era a única ou tudo devia ruir... por mais que lhe doesse o coração deixá-lo com aquele brilho triste nos olhos.
Mas ela estava determinada.

Mas André, em sua ultima chance, a surpreendeu.
Envolveu-a em seus braços fortes, e a segurou bem firme contra si, enquanto o corpo frágil e soluçante de Clarisse amolecia em seus colo. Então, quando ela mais calma enxugava suas lágrimas, ele abriu a carteira e tirou, dobradinho com cuidado o desenho que ela havia lhe dado.

domingo, 22 de maio de 2011

O amor é mesmo estranho

http://www.youtube.com/watch?v=vpv29rImwLQ&feature=fvst

-Vai lá, tá na cara que ele quer ficar com você...

- Ah, Cauã, acorda, ele é muito lindo! E ela ali, aposto que tá olhando pra cá querendo saber se sou sua namorada...

Janaina riu daquilo, enquanto Cauã, seu antigo conhecido (e ficante) e mais novo amigo dizia:

- Até parece, e você é linda também, sua boba...

Os dois estavam sentados no segundo andar de uma cobertura onde acontecia um churrasco, Jana encostrada nele. Sorriam, felizes.

- Okay, já volto.

Ela saiu de perto, ia descobrir se aquele garoto estava mesmo afim dela. Cauã deveria fazer o mesmo, ela pensava... E saiu pela festa em direção a uma amiga que conversava com o menino.


~>.<~


Algum tempo passou naquela festa, e os dois amigos se reecontraram. Puxando Cauã pra aquele mesmo lugar onde estavam sentados antes, ela peguntou:


- E ai, ficou com a menina?


- Ah, mais ou menos... Foi meio estranho, não sei... E você?


- Idem... Estranhissimo!


Os dois riram, e muito. Em meio as risadas, mãos se tocaram.


- Sabe, Jana, é meio estranho também, mas...

- Mas...


- Você já pensou se estivessemos juntos, quero dizer, se tivessemos nos encontrado depois de ficarmos aquela vez...


- Seria legal, eu acho...


Ele sorriu, concordando. Jamais imaginou que aquela menina que havia ficado há uns dois anos atras se tornaria sua grande amiga. Nesse momento, Janaina tocou seu rosto. E ele resolveu tentar de novo. Aproximando-se, a beijou.


E ali, eles sabiam o que era estranho: terem ficado separados todo esse tempo.











Ju ^^

terça-feira, 17 de maio de 2011

mil acasos me levam a você...

Camille olhou no fundo dos olhos de Thiago. Era tão estranho se separar-se , por um misero momento que fosse, daqueles convidativos olhos verdes. Ele, suavemente, passou os dedos pelo rosto dela, ajeitando um fio de cabelo rebelde que ameaçava a perfeita harmonia das faces jovens de Camille.
- Até mais - Ele sussurrou segurando delicadamente o rosto dela entre as mãos.
- Até mais - Ela respondeu acariciando as mãos dele e as guiando, relutantes, para longe de si.
E cada um tomou seu caminho

Camille andou devagar, sem pressa, curtindo aquele misto de saudade e orgulho da certeza que não havia errado ao escolhe-lo.

Mas quando ela virou a esquina de sua casa, desejou que tivesse se apresado mais. Pois , sorrindo em frente ao seu portão estava Thiago. Lindo e perfeitamente seu.
Ela correu e o abraçou. Ele a levantou no ar, como em um filme de romance. E sussurrou baixinho em seu ouvido "Não importa o caminho que eu tome, você sempre estará nele"
Ela, emudecida, somente deixou que ele a conduzisse.
Então os dois de aproximaram.
Os olhos se fecharam e os lábios se uniram.
Atemporais.

musica de fundo : http://www.youtube.com/watch?v=M0YtFsBAjIo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Maldição.

Ela, com a pureza do ser mistico que é ser mulher, se esticou na ponta dos pés e tocou com suavidade seus labios no olho dele.
E, sob a luz da lua cheia, com um simples beijo, ela aprisionava - para o infinito que durasse a chama- a alma daquele pobre menino.

sábado, 14 de maio de 2011

ficção (?)

"Alguém tem o telefone do Lorenzo?" Caio perguntou para as pessoas reunidas fora do teatro municipal.
Beatriz tentou esconder as faces que estavam corando.
Caio a olhou inquisidoramente. Ele sabia de tudo.
"Eu tenho, pode ligar se quiser" Beatriz falou timidamente. "Ele falou que viria aqui hoje.."
Caio pegou o telefone e discou. Ninguém atendeu.
"Se ele retornar, quer que eu deixe um recado?" Beatriz disse olhando para o celular para desviar os olhos do olhar acusador do seu interlocutor.
"Diz pra ele que eu to na porta da casa dele" Caio disse saindo.
Beatriz ficou. Na certeza que ele não viria.


---*--*--*--*--*---

"Ela tá lá na frente" Lorenzo disse timidamente para Caio, seu melhor amigo.
Caio nem se deu ao trabalho de esconder o riso debochado diante da insegurança do seu amigo.
"Vira homem, e vai falar com ela" Ele disse empurrando nada sutilmente Lorenzo pra mais perto das cadeiras do teatro.
"Meu cabelo tá ruim, cara" Lorenzo disse procurando uma desculpa para não se aproximar de Beatriz, a menina que ele estava afim.
"Põe esse chapéu e vai lá logo... olha como ela tá olhando aqui pra trás e e te esperando... do jeito que ela te olha você nem precisa falar nada... é só chegar perto... a gatinha tá no papo"
"Poh cara, não fala assim da Beatriz, ela só tá sendo simpática" Disse Lorenzo tomando ares de ofendido.
"tá bom... então aproveita a simpatia e vai...."
Caio não precisou terminar a frase, Lorenzo o deixou falando sozinho e já tinha saído ao encontro de Beatriz. Uma onde de segurança tinha tomado conta dele. Era melhor aproveitar.
Ele abraçou discretamente sua amada. Sem que ninguém no recinto percebesse suas verdadeiras intenções. Só ela, ainda que ela não tivesse certeza.
Foi um abraço rápido, mas com tempo suficiente para ela sussurrar baixinho no ouvido dele "pensei que você não vinha".
Ele riu e a apertou ainda mais forte contra si.
Ele tinha vindo. Ele estaria sempre lá.
Isso fazia dela a garota mais feliz do mundo.
E o deixava ainda mais feliz por ver, mais uma vez, aquele sorriso lindo que tinha tocado seu coração.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Chá das 3:00

A partir desse texto, eu vou tentar postar uma musiquinha que eu acho que tenha a ver com o texto, então leia com a musica!

http://www.youtube.com/watch?v=60jrlQPf5yw



Três horas

Está na hora, é agora, cadê você? Três horas, é agora a hora marcada, mas porque você não chega?

Três e dez

Dez minutos, por que tão atrasado? Eu estou aqui esperando, corre, vem logo, não me troque por outra coisa qualquer! O chá vai esfriar querido!

Três e vinte

Será ilusão? Vale à pena esperar quanto tempo? Está atrasado, sim, está! Vem, ainda dá tempo, três e vinte! Eu queria, mas por que você não chega? Esperar o tempo, esperar...

Três e meia

Você não vem, será? Tudo isso sem sua menor importância? A sua ausência... Vem de volta, vem! Mas você não vem, não é?! Canso de esperar então, e tomo o chá.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

incompletos

A lua estava pela metade
Meio amor
Meia saudade
Uma metade que ia, outra que ficava.
Separadas sem nunca estarem juntas

Mas como pensar em tristezas se tudo se resumia no calor se suas mãos tocando as minhas?
Nos abraços e nas palavras doces que desfaziam minha certeza de que você sempre foi longe?

Pela primeira vez, eu senti saudade de estar contigo.
E desejei que fossemos assim desde o inicio.

Por um momento, as decepções tornaram-se todas de mentirinha.
Mas não havia tempo.

Hoje não era mais uma virgula. Hoje seria um ponto final.
Talvez até, eu esperava, um belo ponto de exclamação.

Entretanto, eu não me importava se, no meio dessa desordem, nós contruissemos, juntos, um p.s.

sábado, 7 de maio de 2011

contrato de despedida

Bem, eu sou um pouco dramática, acostume-se.
Aliais, ignore. Só estou escrevendo nosso contrato de separação.
Para ficar tudo limpo nas nossas mentes.
Mas como sempre eu tenho alguns pedidos.
Tenha-me como uma espécie de aprendizado. Entenda o q eu te disse nas entrelinhas e seja melhor com as próximas meninas que virão logo (eu sei que logo virá outra roubar o lugar que, de fato, nunca foi meu).
Para mim vai ficar a triste escolha de te ver como um menino tímido que não teve coragem de se aproximar, ou se você foi apenas alguém que fingiu querer por medo de admitir que não havia desejo algum.
Não te culpo. Você fez o que devia ter feito.

Eu que fui muito acostumada a ter atenção. Quando de certa forma você nem ligava pra mim, eu me senti confusa. Com vontade de desistir de você pra sempre.

Eu insisti o quanto podia mas acho que chegamos ao ponto final.

Melhor pra mim, e principalmente pra você.
Esqueça-me e eu te esquecerei se assim desejar.
Que fique claro que eu nunca me apaixonei por você (nunca o fiz por ninguém, pouco provável que você fosse o primeiro). E não se envergonhe de admitir que a recíproca foi verdadeira.
Não leve isso como um (usando suas palavras) “nós não nos curtimos”.
Eu gostei de você e não mudaria nada no seu jeito de ser, só que eu não sou a menina certa pra você e nem você o tipo de menino certo pra mim. Acho que eu deveria ter visto isso desde o começo, mas você era bonitinho demais para eu não agarrar a oportunidade de tê-lo.
Bem acho que é isso... não precisa responder... Apesar de que eu gostaria muito que o fizesse.
É completamente bizarro eu te mandar isso... mas enfim, eu mandei... nem vou falar pra você não ficar chateado que é completamente certo que você nem levará a serio nada disso.
Obrigado por tudo que fez, e mais sorte da próxima.
Boa viagem e seja feliz.





Beijos de alguém que gosta muito de você.
Izabela Pellegrini

quinta-feira, 5 de maio de 2011

analogias

Tentei fugir de comparações.

Impossível.

As semelhanças eram irônicas e intrigante. Mesmo bairro, mesmo signo, mesma escola, mesma forma sorrateira de se fazer presente em meus pensamentos e mesma forma de sumir sem explicar-se.


Porém o que me irritava eram as diferenças.

As diferenças que dificultavam cada vez mais ocultar minha crescente decepção.

As diferenças que me faziam sentir saudade da atitude perfeitamente condizente com minhas expectativas de menina sonhadora daquele que um dia foi dono dos meus pensamentos.


Era impressionante como 'o outro' conseguia estar sempre onde eu esperava vê-lo.

Mesmo que nossas agenda fossem lotadíssimas, não havia espaço pra minha torturante ansiedade. Era o tempo que eu me sentia importante e desejada. A época em que eu me sentia à vontade de romancear os atos normais de um menino normal que eu escolhi para tonar-se especial.


Ele me acostumou mal.

Não sentia saudades dele, nem o queria, mas queria vê-lo em outras historias.

Sob outros nomes e outras figuras, quem sabe até melhores.


Ou no mínimo me surpreender com alguém que pudesse superá-lo sendo totalmente diferente e mais interessante.


Seria isso possível?

Inesperadamente, me pego pensando que sim.

Mas não com este que de inicio me pareceu assemelhar-se tanto ao primeiro.


Com alguém do acaso.

Alguém que ainda não existe.

Alguém de signos complementares, de vontades iguais, ideias diferentes, de atitudes que se encaixem numa harmonia perfeita de um casal...

E de historias que se ajuntem criando uma só.


E quem sabe (pego-me pensando em momentos de insensatez) a destruição e a esperança não sejam homônimas?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

coincidencias

Ela caminhava pela tênue linha entre o sacarsmo e a verdade oculta para construir frase que ela mal sabia se estavam sendo entendidas como ela queria. Elena duvidava das suas próprias forças pra dizer aquilo mandava seus pensamentos. Milhões de ideias e respostas que ela não ousava deixar que seus dedos digitassem. Se fosse para ser o fim, que fosse um fim doce e discreto. Tal qual ela havia pedido que fosse a relação.

Ela tinha guiado demais e isso a assustava. Mulheres não são feitas para levar, e sim para serem levadas, mesmo que ela, um tanto paradoxalmente, exigisse saber pra onde.

No fim, ela nem sabia mesmo o que queria, mas tinha uma certeza que não era mais José Roberto quem ela buscava.

E em pouquissimas palavras tudo estava desfeito.

Ela estava sozinha.

--*--*--*--

Ele não sabia ao certo como dizer a Jussara que a relação deles estava por um fio.

Thiago estava cansado dos joguinhos dela. Cansado da vida desregrada que ela levava. Ele não era assim. Ele queria um pouco mais de segurança e de reciprocidade. Ele jurou pra si mesmo que não teria vergonha de dizer isso a ela. Já passara da hora de dizer a verdade. E além do mais, ele não tinha muita certeza que ela se importaria.

Foi mais fácil do que ele pensou. E, em menos de algumas horas, ele estava sozinho.

--*--*--*--

Até então eram duas vidas sem nenhuma semelhanças a não ser um fim que veio no momento certo. E quando Elena e Thiago achavam que estavam imersos na decepção de um relacionamento mal sucedido, eles descobriram que os dois tinham um amigo em comum.

domingo, 10 de abril de 2011

antes do terceiro sinal

O frio congelante do ar condicionado do teatro universitario parecia me a desculpa perfeita para camuflar o nervosismo do meu corpo trêmulo pelas lembranças confusas e torrenciais que torturavam minha mente.


1° sinal.


Passei perdida entre as cadeiras e sentei-me , ironicamente, no lugar onde o fim tinha começado. Onde, pela primeira vez, eu tinha me dado conta de quando eu queria possuir-te no meu ciume tresloucado. Onde pela primeira vez senti perder-te. Onde eu vi como para voce era facil esquecer-me, e quanto isso era dificil para mim.


2° sinal


Olhei para o presente e tive medo de perder antes da conquisar. Medo de um novo fim sem começo. Tive pressa. Censurei-me por baixar a guarda da razão e me entregar de novo a minha ansiedade. Não queria repetir os mesmo erros. Revoltei-me pelos novos erros. Por não ser tão facil como antes. Agora eu pensava e conhecia.


3° sinal


Ajeite-me na cadeira e esperei que a luz baixasse até a escuridão completa. A partir dai não senti mais nada. Eu era um papel em branco pronto para ser preenchido pelas cores movimentos e musicas vindo do palco. Esqueci de tudo que não era presente e deixei-me maravilhar por uma ilusão que não era minha.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

perseguição (2)

Eu não sabia bem o que estava acontecendo, a única coisa que fazia era seguir um aviso, sutil, mas claro: fuja. Eu não sabia pra onde ir, e não levava nada. Tudo corre bem até aqui. Mas agora percebo que estou sozinha, num lugar supostamente deserto, amedrontado. Sinto um cheiro forte de terra molhada. Sinto os pingos caírem na minha cabeça. Mas então eu vejo algo. Não sei se vi, ou se só senti, mas sabia que algo estava ali. Eu ando de vagar, observando. Mas agora começo a sentir realmente algo, e acelero o passo. E de que adianta me virar, se sei que há algo? Ajude-me, Deus! Acelero novamente, e percebo que já estou correndo. Posso ouvir o som dos meus pés batendo na água enquanto corro, mas logo escorrego e caio no chão, me molhando. Levanto, e volto a correr. Mas pra que correr sem destino? Paro um instante, ofegante. Respirando, pondo as idéias no lugar. Pra onde ir? O que fazer? Respiro, me acalmo. E é ai que me lembro, há socorro. Sempre há alguém, alguma casa, algum amigo para combater o medo. E o amor combate assim os pesadelos que tanto me assustam. Um último olhar pra trás. Corro para a casa, e bato na porta. Esperando que abrisse, esperando romper as barreiras. Obrigada, meu Deus! A porta abre, as mãos se tocam, e assim talvez a fuga recomece. Esse é meu, e sugere mais ou menos os passos. Vamos ver se escrevo o resto da coreografia da próxima vez! Bjoss Juh!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

sobre zangões

A menina estava silenciosa. Só a mulher, calejada por suas próprias desilusões e as alheias, falava, ou melhor, gritava impune suas vontades pra quem quisesse ouvir.

Imperativa, ela dirigia as ações do corpo inexperiente que ela habitava.

Os olhos inexpressivos e as palavras secas nada lembravam a inocencia pueril das formas delicadas dela. Ela o queria. Mas não por sentimentos. Só por luxuria e teimosia. Ela não se importava com que ele era ou fazia, só com a vontade dela. Com a urgência de suas necessidades mais insanas.

Queria-o efemero e descartável.

Não acreditava nas juras de amor (o ultimo que assim jurara estava se lmabuzando nos braços de outra), tampouco as fazia. Não prometia amar pois ela mesmo já não julgava ser capaz de tanto. Não com ele, pelo menos.

Mas ela não sem importavam quão longe dos sentimentos os dois estavam, pois ainda havia fogo suficiente para aquece-los e deixar o prazer deletar a dor dos tempos futuros de cinzas.

Não haveria choro nem mentiras, já que sabidamente, nada era verdade. E acima de tudo , ela sabia que logo logo tudo não passaria de uma lembrança longiqua. Como um zangão que morre no esquecimento para agradar sua abelha rainha. E ela, tanto menina como mulher, gostava de ser agradada.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Perseguição (1)

Ela me perseguia. Cruel. Perversa. Apontando meu erro cada vez que eu a olhasse. Ela estava pronta pra punir meus atos. Ela me perseguia. Ela me confundia. Ela me assustava. Medo. Culpa. A tormenta de ter errado sem pretender errar. Eu nem sabia mais ao certo que se foi ao acaso que errei, ou se tudo não passou de uma trama feita pela minha mente nociva. Maligna, isso que eu era. Isso que ela queria me fazer acreditar. E eu fugia. Não queria todas aquelas injúrias. Eu as merecia. Silencio. Cansaço. ... Mas havia uma casa. Misericórdia! Deixai-me entrar. Perdoe-me e acolha-me. Quero abrigo. Quero colo de mãe. Estou arrependida. Cansada de fugir. Quero-te. Estou só. Sem mim, e comigo a todo tempo me apondado a podridão do meu eu. Abra! Piedade! Perdão acolha-me em seu braços e me deixa entrar! Espera. Asiedade. Tempo. Duvida. Desespero. E mais espera... Essse é o primeiro de uma serie de textos que eu vou propor a julia para construirmos. Se baseia numa coreografia que estamos montando no contemporaneo. E a medida que formos interiorizando mais a coreografia espero que os textos evoluam. O mesmo tempo e varias visões diferentes da mesma pessoa. Acompanhem.

quinta-feira, 24 de março de 2011

minha prisão particular

Baseado em um sonho, em uma conversa e em interpretações pessoais sobre ambos:
Eu fitei, entediada as paredes que me rodeavam. As quatro malditas paredes que formavam aquela imundice mal organizada que era meu cárcere. Um amontoado de tralhas e um único sofá mofado era tudo que eu via nos dias da minha medíocre vida de prisioneira.
Raramente me davam o luxo de ver o sol, e as pessoas ao meu redor. Salvo as vezes que ele, meu carcereiro, me exibia, como troféu, àqueles amigos repulsivos que as vezes vinham me vigiar. Como seu eu fosse também deles. Nojentos!
Porém o que mais me enojava era que não eram as quatro paredes que me prendiam nesse inferno, e sim meu próprio medo. Medo dele, é claro, e do que ele faria se me pegasse fugindo. Mas acima de tudo o medo da própria liberdade e do que fazer com ela (ou do que fazer sem ele). Eu tinha medo de voltar a ser avulsa.
Não queria abandoná-lo por mais que eu quisesse me livrar dele. Já desistira de entender o desejo insano de sofrer mais para estar do lado dele. No espelho eu via apenas um caco inútil do que outrora era uma bela obra de arte. Um ser submisso e auto destrutivo, que sentia um prazer secreto em sofrer se isso me levasse à atenção dele.
A dor não importava. Era o preço de se sentir viva.
Eu já havia tentado fugir, lógico, mas por inúmeras vezes eu me auto sabotava e voltava para o mesmo lugar de sempre. E isso só fazia aumentar a estupidez e frieza com que ele se dirigia a mim.
Ele era um bruto capaz de macular uma rosa delicada como eu. Ele me detestava! Por mais que no inicio eu fosse dócil e obediente e sedutora nunca fiz crescer nada naquele coração além do desprezo. Estar atenta ao seus caprichos só me trouxe a tristeza desse claustro.
Mas hoje eu iria me livrar de tudo isso. Não haveria sabotagens, eu estava decidida a pagar o preço que fosse pela liberdade. Inclusive a solidão e o esquecimento.
Então eu com meia dúzia de palavras que eu mal me lembro consegui arrumar uma desculpa qualquer para que o estúpido do amigo dele que hoje me vigiava deixasse eu sair. Então, como o planejado eu seguia a rota que me deu acesso a rua.
Quando finalmente cheguei ao lado de fora, a luz do sol enlouqueceu as minhas pupilas acostumadas ao escuro da submissão. Eu, meio cega, atravessei a rua. Então uma dor lancinante percorreu meu corpo enquanto eu voava no ar atingida por um carro em alta velocidade.
E antes que eu tivesse tempo de conhecer a liberdade tudo voltou a escuridão.

domingo, 20 de março de 2011

sobre a loucura

Fazia um mês que eu desenhava alianças. Dia e noite. Em todos cadernos, folhas avulsas, agendas, cadernetas telefónicas, carteiras escolares... não importava aonde. Eram só alianças.
Onde antes tinha uma variedade de olhos, barcos, espirais, borboletas, casas, ampulhetas e dezenas de outros rabiscos sem sentido especifico, hoje só restava as alianças.
Grandes, pequenas, bem desenhadas, mal desenhadas... de todas as formas e jeitos. Todas para uma mesma pessoa: Isadora.
Por vezes eu duvidava que Isadora fosse real, ela bem que poderia ser fruto da minha imaginação. Mas minha lembranças não podiam me enganar. Eu quase podia jurar que já havia tocado as curvas bem delineadas daquela menina que protagonizava meus sonhos mais secretos. Uma única vez. Mas o calor dela ainda corria em meu corpo.
E eu nem sabia o nome verdadeiro dela.
Isadora. Tão imaginaria quanto todas aquelas alianças e juras de amor. Mas eu a amava. Tinha absoluta certeza disso. Mais certeza do que as meninas humanas e alcançáveis que eu já havia me envolvido.
O sorriso dela, o jeito puro que ela brincava de ser ela. A segurança insegura. Os paradoxos perfeitamente resolvidos no ato de ser mulher sem deixar de ser menina. Tudo tão perfeito e parecido comigo. Um diamante polido para encaixar perfeitamente em todas essas alianças que eu dedicava a essa mulher. Minha mulher. Minha menina.
Ela era minha. Só minha. E dona de todos aqueles rabiscos.
Era amor. Era loucura!

sábado, 19 de março de 2011

lua dos namorados

não queria tirar o texto da Julia do topo, mas não fazia sentido não postar esse texto hoje, já que a lua citada é a de hoje.... então leia os dois.... beijos bela

Era noite. Mas extamente sábado a noite. Um sábado comum, exceto pelo fato de que era a noite da maior lua dos últimos 8 anos. Enquanto a lua emergia do céu negro, sem uma única nuvem para atrapalhar sua magnitude, eu, aqui na terra, me sentia pequena e sozinha.
Eu me encolhi de frio, com minha roupa inadequada ao vento gelado que vinha do mar. O frio me fazia pensar coisas que a muito tempo não me atormentavam. Me fazia lembrar de tudo aquilo que aconteceu naquela praia, sob o mesmo luar, quando ele era ainda, como eu , tímido e despercebido.
Lembrei do nosso primeiro encontro. Nosso único momento a sós. Como eu, insegura, temia cruzar meu olhar com o seu e como eu articulava com dificuldade as palavras para te impressionar. Sim, eu era boba e iludida. Senti saudade desse meu eu. Lembrei-me do seu cheiro e da suavidade de suas mãos. Era tudo tão vívido que se eu me distraísse, podia ver sua imagem ao meu lado.
Mas eu lembrei também, de como eu, já curada de você, beijei outro, sob a mesma lua, no mesmo lugar (e como se nada narrado anteriormente tivesse acontecido). Outro que ocupa meu coração de forma mais agradável que você. Com a suave delicadeza da seda, que envolve e embeleza, mas que não aquece. Infelizmente.
Eu ri, vendo eu mesma nesse segundo encontro, tão segura e atirada, tala qual a menina adulta que sou. Uma imagem que nada se assemelhava a garota frágil que mirava a lua em um silenciosos pedido de ajuda de alguem que quer esquecer o passado e buscar, pacientemente, uma nova historia pra ser contada.
Eu continuei sentada na areia molhada, esperando, olhando, orando. Quando, de repente, como se a lua brilhasse só pra mim,alguém me abraçou por trás. E meu corpo se arrepiou envolto no calor desse abraço inesperado. E sem que eu percebesse como, quem ou porque, me vi imersa nas águas oníricas do amor.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Um dia qualquer

Era um dia modorrento de outono, e a chuva caia fina nas ruas. Havia poucas pessoas andando na calçada, e as que estavam caminhavam apressadamente, sem nem olhar para os outros, com medo da tempestade que prometia chegar. Uma folha caiu da arvore.
Mas ali, debaixo de um guarda chuva azul claro, estava Ana, simples, molhada, de volta pra casa. Caminhava lentamente, pensando, alegre, um contraste colorida naquele dia cinzento.
Naquela mesma rua, caminhava Paulo, apressado, com seus livros de escola e seu fone de ouvido numa musica que ele não sabia o nome, mas que lembrava ter ouvido num filme, alheio a todo o resto.
Só que numa esquina, os dois, sem perceber a presença do outro, se esbarraram. Foi um só susto, uma diferença num dia tão igual, os acordando de seus mundinhos. Os livros caíram no chão.
Paulo abaixou para pegá-los.
- Desculpa... – Murmurou Ana - Quer ajuda?
- Não! – Disse Paulo, meio rude – Quer dizer, desculpa, não é isso que eu quis dizer – Ele riu – Não precisa... Isso.
Os dois riram, talvez se encontrassem mais alguma vez algum dia. Sorrindo, seguiram seus caminhos.
Mais folhas caíram, naquela modorrenta tarde de outono, onde as pessoas mal olhavam para as outras.

Julia UP

segunda-feira, 14 de março de 2011

O namorado de Ana

Olhei de soslaio pra Rachel. Ela estava tão apreensiva quanto eu.
- Besteira ficar nervosa por uma bobagem dessa, uma hora ia acontecer - Eu decretei, fazendo que as palavras soassem numa mistura de consolo e auto-afirmação.
Logo Ana iria chegar com o namorado. E apresentá-lo oficialmente para as melhores amigas, ou seja, eu e Rachel.
E nenhuma de nós sabia como agir perante essa situação tão esperada pelos nossos 21 anos de solterice. Era tudo tão mais simples quando podíamos ouvira apenas os relatos apaixonados de amores e caricias sem compromissos, sem ter que ser simpáticas com os pretendentes ou coisas do tipo.
Mas agora? Os detalhes, antes tão explorados, agora deveriam ser arquivados, para que nunca olhássemos aquele menino pelos olhos de Ana, como costumávamos fazer com os outros. Não podíamos mais conhecê-lo tão bem.
Será que ele nos acharia antipática se mantivéssemos certa distancia? Ou será que ela duvidaria das nossas intenções se fossemos simpáticas demais? Era uma linha tênue entre o pouco e o excessivo. Era como olhar para aqueles doces cheios de glacê, mesmo quando não se quer prová-los nossa cara ainda assim fica suspeita aos olhos maliciosos. Eu temia que falar demais pudesse me deixar com cara de “olhando-para-um-doce-legal”, mas ainda assim não queria ser mal educada... Era confuso.
Eu perdia horas imaginando a hora que encontraria esse menino. Falando assim parece até que eu não o conhecia. Eu já o conhecia sim. Era o Ricardinho , que tinha estudado com a gente na quarta serie. Se bem que agora ele era Ricardo, o namorado da Ana, nossa melhor amiga. Sem mais nenhuma intimidade, empolgação, inveja, ciúmes... nada!
- Eles estão chegando – Rachel falou em cutucando sem o mínimo de sutileza.
Olhei pra ela e respiramos fundo, ao mesmo tempo, tentando esconder, como atrizes dignas de Oscar, nossas caras de vergonha. Agiríamos normalmente, afinal é pra isso que servem as amigas não é?
E alem do mais, ninguém ali ia ficar sabendo o que eles realmente acharam, por que tem coisas que você não conta nem pra sua melhora amiga não é? Ou não?

terça-feira, 1 de março de 2011

Flash back

Eu espero, por mais que não queira, e espero ansiosa o barulhinho da janela do msn piscando, torcendo para ser você. As janelas piscam, mas não é você.
Eu sei muito bem que posso fazer isso, pode ser eu a piscar a janelinha, mas por que? me diga, sinceramnete, por quê?
Pra que te incomodar, se você mesmo poderia querer conversar? Como saber se você quer isso ou se eu estou sendo boba?
O pior é que a história se repete. E repete, e repete, incansavelmente!
E eu, a tolinha, vou estar aqui esperando, ou não. Então corra, porque as chances acabam, e a paciencia também.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

pontos

Todo começa por um ponto.
Depois vem as linhas.
E as superficies.
E com elas construimos o mundo.

Então nós vemos o mundo.
E tocamos o mundo.

Tocamos a maciez da pele num abraço.
E descobrimos a amizade.
Tocamos a docura dos labios em um beijo.
E descobrimos o amor.
Tocamos o frio de um travesseiro molhado.
E descobrimos a saudade.

E vamos vendo, tocando e descobrindo.
E tudo acaba com um ponto.

?

De inicio tente não julgá-la.
Ela não é boa nem má.
Não é culpada nem inocente, apesar de suas mãos estarem presas.
Não se sabe se é o juízo dos outros que a fizeram bruxa, ou se ela está a caminho do castigo merecido. Ou se ainda suas mãos estão atadas diante de uma situação que ela -sendo só ela- não pode mudar.
Mas já a condenastes (aposto) quando, por detrás da tristeza azul de seus olhos, percebestes a ira de seus vermelhos. E não fizestes mal. Ela também é feita de sentimentos mesquinhos que diferem as mulheres dos anjos.
Mas olhe melhor. Não é só disso que ela é feita.
Se reparares bem há um coração escondido.
Então há também amor.
E ouso a dizer que muito amor, pois ele sangra.
E há também desejo, pois também somos carne.
Ela é confusa e estranha, mas ainda assim, por um motivo qualquer, ela me convidou a contempla-la.
A historia dela, seu passado e seus amores, eu desconheço.
Porém quando ela surgiu, espontânea, no papel, eu tive a certeza que ela me era familiar.
Quase certeza que já a vi...
Num espelho.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Only Exception

Maria Eduarda, ou duda, como todo mundo a chamava, tinha apenas sete aninhos quando viu sua mãe jogar malas e malas de roupas do pai pela janela. A mãe, que outrora abraçava e beijava o pai com o que duda achava que era amor verdadeiro, agora estava ao prantos amaldiçoando o amor e a vida a dois.
Depois dessa cena ela passou só ver o pai nos fins de semana, e o nome dele ficava expressamente proibido de ser mencionado perto da mãe, como se dizê-lo pudesse tirar das profundesas todos os demônios mais repugnantes. Duda não entendia o porque daquilo tudo e nunca ousou perguntar, mas ela tinha certeza de uma coisa: O culpado de tudo aquilo era o amor.
Então ela decidiu que isso não aconteceria com ela.
Nunca.
Ela ia beijar, curtir, mas nunca ter um compromisso serio.
E acima de tudo ela nunca iria se apaixonar.
Mesmo meio contra vontade, ela teve seu primeiro namorado aos 16 anos. Mas é lógico que ela não o amou, apenas se divertiu com passagem dele pela vida dela. Entretanto, no fim que ela estabeleceu, ela teve muito trabalho e sofrimenteo inutil para desconquistar o coração daquele menino que ela vertera falsas juras de amor, o que fortaleceu ainda mais sua tese de que o amor não valia a pena.
O que duda não sabia, é que quando ela completasse 18 anos, ela encontraria um garoto charmoso e doce. Que com toda a paciência iria conquistar o coração frio dela e aos poucos a levaria para o altar.
Ela podia ser jovem, inexperiente e fechada para novos sentimentos, mas aquele rapaz provou, de forma quase milagrosa, que ele era o cara certo pra ela. E ela soube reconhecer essa verdade no seu próprio coração. Então ela abriu uma exceção na sua regra de nunca amar.


http://www.youtube.com/watch?v=-J7J_IWUhls

não correspondidos

Ele estava disposto a perdoá-la sempre que ela pedisse. Ele a amava e lutaria por ela até que ela implorasse que ele desistisse.
Ela, entretanto, duvidava se podia se perdoar por ser responsável pelo fim. Sua repulsa a amores platónicos era tão grande que ela não conseguia se ver causadora de um. Todavia, ela tinha absoluta certeza sobre seus sentimentos e isso ninguém - nem ela mesmo, por mais que ela tentasse- poderia mudar.
Mesmo assim, ela tendia a aceitar seus galanteios. Ela não queria que ele desistisse dela, queria seu amor, e acima de tudo queria corresponde-lo. Mas não era possível.
Ela não entendia como a ideia dele desistir dela pudesse causar tanta confusão a sua mente. Ao mesmo tempo que dizer sucessivos "nãos-delicados" era tão desconfortável como a primeira ideia.
Ela estava confusa. E isso era como espinhos no coração dele. E feri-lo também a machucava.
Tudo era estranho e novo.
Era extamante o que ela tinha sonhado, mas na realidade era tudo muito frustrante.
Na teoria, gostar de estar com a pessoa e sentir saudade tinha que convergir diretamente para o amor, mas essa estranha equação da vida real levava a outro resultado que não se confundia com a atração homem mulher que ela esperava.
Essa historia, obviamente, vai ter um fim, porem eu ainda desconheço qual seja.
Provavelmente os dois com novos amores e uma historia, que nem começou, esquecida ou guardada num bauzinho no fundo da mente, onde a gente guarda as lembranças quando elas deixam de ser confusas e passam a ser doces e boas.
Ahh são tantos casais errados a minha volta que eu acabei escrevendo isso...
ariethy (www.fricotando.blogspot.com) e biel (www.embriaguez-literaria.blogspot.com) é meio pra vcs tbm :D espero seus comentarios....

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

as pessoas grandes

Já está mais que na hora de cruzar o limiar e entrar de vez no mundo das pessoas grandes.
Me assusta um pouco deixar de lado meus meninos perdidos e voltar pra casa, mas não posso mas querer ficar eternamente vendo jiboias com elefantes dentro. Sinceramente já não é mais tempo pra isso. Tenho que me acostumar que eu desenho casas, e não carneiros.
A vida é assim, nenhum peter pan vai aparecer na minha janela me convidando pra terra do nunca. E mesmo se aparecer, não existe meninas perdidas não é?
Então, "simbora meu povo" pensar em trabalhar, em ser independente, em sair de casa sozinha, em dirigir sozinha, em me apaixonar pelo cara certo, em ir pra barzinho, em conhecer gente nova... essas cosias que gente grande faz.
Não posso mais ser a garotinha tímida, por que no mundo dos grandes não há lugar pra esse tipo de fraqueza.
Só de pensar nisso me bate um desespero.
Mas eu não tenho escolha, e mesmo se tivesse eu escolheria crescer. Por curiosidade, por instinto, vai saber... mas de certa forma eu quero isso, por mais que me assuste.
E se eu olhar bem... Parce bem mais um chapeu do que uma jiboia.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

depois de ti

Me deu vontade de gritar. De mandar tudo a merda. De explodir em mil caquinhos e escondê-los todos de mim mesma.
Minha mente era pequena demais pra encaixar as peças do jogo. Dizer que ama e me abandonar, dizer que quer e fugir? não parecia fazer sentido.
Eu enojei o requinte de crueldade quando você brincava com os meus caichinhos perguntando se eu pensava em você. Quando você me fazia cobrir-te de elogios para agradar teus caprichos.
Quando me seduzia pra no fim dizer apenas "cansei de ti".
Se não me querias por que me deu esperanças? Se nunca quis amar por que insistia em me fazer amar-te? Por que não me deixou desistir de ti enquanto eu ainda sabia o que estava fazendo?
Sei que talvez não tivesse sido sua intenção parti meu coração. Talvez fosse só seus caprichos de criança mimada. E na maioria das vezes eu te perdoo por tudo isso, embora nem sempre eu consiga ser assim tão firme. Continuo olhando com o mesmo carinho inútil para tua imagem insistente em meus pensamentos.
Se gosto de ti? Muito, porém agora gosto mais de mim mesma para esperar calada resolveres tuas duvidas, para esperar que finjas me amar por pura necessidade. Vou ser feliz no meu próprio caminho, esperando que seu gosto saia de minha boca e as tuas lembranças se tornem meros fantasmas presos em textos passados.