quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Fotografias

Eu o olhava em fotografias e não o reconhecia, ele era um estranho pra mim.
Mas quando ele fechava os olhos e deixava que eu o tomasse como meu, ele era lindo e surpreendentemente perfeito pra mim.
Nessa hora eu reconhecia nele nós.

memorias editadas de Joana

Rafael tinha meu corpo em sua mão. Levemente ele explorava minhas curvas com suas mãos grandes e firmes. Eu não o parava. Não me sentia agredida, ao contrario do que provavelmente eu esperava dos meus pensamentos provincianos de menina pura e ingnua. Não via maldade nem culpa. só deixava que ele me possuísse e me guiasse.

Ele passou a mão em meu rosto, retirando um fio de cabelo insistente que caiu sobre meus olhos. Eu o agarrei mais forte, passando meus braços magros em volta da cintura dele. Queria o para sempre perto de mim.

Ele me virou, assim de repente, e me envolveu entre seus braços. Encostou com suavidade os lábios em meu pescoço, e bem devagar foi se aproximando do meu ouvido.

Eu podia sentir a respiração curta dele como uma brisa que acariciava meu ser. E meu corpo se arrepiava em resposta.

Então ele, me pegando totalmente de surpresa, sussurrou com a voz firme de um homem (meu homem). Tão perto que eu podia sentir as pausas entre cada uma das três palavras que eu saboreei com prazer: EU TE AMO.

E eu, era só sonho.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ele/ela

"Ela já quis ser de tudo e até sonhou em ser piloto de avião
Finalmente alcançou o céu no instante em que ele lhe pediu a mão
Três letras ela respondeu
Na mais linda música se transformou sua voz
Enfim não haveria mais qualquer fragmento de vida, vivido a só"

Sandy

http://www.youtube.com/watch?v=pSv1_ibvrVM&feature=player_embedded


"Quero ser mais do que um amigo
bela, quer namorar comigo?"
meu olhos se fecharam e eu deixei que o sonho começasse.

rascunhos

Explicado, já não era mais medo.
Ainda a assustava, mas não era mais o desconhecido.
Era palpavel e ela o possuia em suas mãos brancas e pequenas.
Só não sabia por que não o jogava fora.


tava no meu caderno, eu sei o que significa, vocês provavelmente não


http://www.youtube.com/watch?v=KfwmiD5CFCg&feature=related

sábado, 13 de agosto de 2011

A outra

-Ela foi muito especial, não posso negar... ela foi minha primeira vez
Não esperei Lucas terminar a frase, tudo girou ao meu redor e eu só conseguir focar em uma cena: Ela- que eu nem sabia quem era, mas naquele momento ela me pareceu bem nítida e ameaçadora- explorando com voracidade aquele corpo que eu tinha em meus braços. Devorando a alma que eu ansiava por ter. Ocupando para sempre um coração que agora eu duvidava que um dia seria meu.
Eu enrrubeci escondendo meu rosto contra o peito dele. Ele nada disse, apenas me apertou mais forte.
- Não se preocupe, foi só uma vez, de certa forma sou igual a você. Não precisa ser tão tímida.
Eu não me movi. Isso era indiferente. tudo que ele falava eram meros sons que eu mal decifrava. Só a cena me torturava como se eu já a tivesse visto.
Senti nojo.
-Nunca vi também, você fica sem graça com tudo- ele acusou
Eu não respondi, tinha vergonha, não das palavras dele, mas do que minha cabeça havia imaginado. Na verdade vergonha era o de menos, o triste era a culpa pela comparação.
Era egoísmo meu querer ser única, mas eu queria. Queria ser especial como ele era para mim. Tinha medo de o decepcionar, de ser enganada, de me iludir, de me arrepender...
Eu tinha mil duvidas, medos, anseios e desejos.
Afinal, ali, frágil e insegura, eu era apenas uma criança.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Analogias 2

Mariah estava na minha frente, linda e loira.
Identica a preferida dele.
Tudo que ele sonhou.
Ali na minha frente. Ao alcance de minhas mãos sedentas por sanar a paranoia da minha cabeça.
Falando no celular sabe-se Deus com quem. Provavelmente com mais unzinho que ela havia seduzido.
Pelo menos enquanto ela estava ocupada Diogo não iria lá, pra perto dela. Babá-la. Afff!
Era minha amiga, é claro, nunca deixei de gostar dela.
Só odiava as analogias.
Só odiava o jeito que ele me comparava a ela.
O jeito que ele a comparava à suas memorias.
E o jeito que essa memorias me atormentavam.
Linda, legal, igual a ela.
Como poderia não me importar?
Eu queria desesperadamente me importar de verdade.
Mas no fundo era indiferente.
E a indiferença me matava sozinha.
Já o ciumes, matava os dois.





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Paradoxo

-Quem é o nerd de cabelos cacheados, olhos azuis e dentes perfeitos por quem você foi apaixonada? - minha amiga me surpreendeu com a pergunta
-Não conheço ninguém assim- eu respondi confusa
-Mas ele aparece em todos seus textos - ela riu
-É meu perfil de menino perfeito - eu disse, confusa com o paradoxo no qual estava inserida.

é real, simples e totalmente confuso!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quartos de um coração...

Ela era uma menina que realmente estava disposta a distribuir seus pequenos e delicados corações. E fazia de bom grado. Bastava apenas mostrar que merecia, ser simpático, querer estar na vida daquela garota, e ela logo dava aquela prova de carinho, de importância. Claro, como já disse, se fosse merecido. E tratava de garantir que cuidassem do coração, pois afinal, era dado com muito amor uma parte dela mesmo.


Foi quando apareceu um menino que já havia ganhado um coração a muito tempo atrás. E um dos grandes, por sinal. Faceiro, quis ganhar um coração, assim, do nada.


E levou a seguinte resposta da menina: Por que te daria um outro coração, se você já jogou um fora? Eu confiei em ti, e você me decepcionou. Agora se quiser mesmo, lute e reconquiste seu lugar.
E continuou a ver para quem distribuiria seus corações.



Ju :)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

os amigos dele

Os amigos dele me olharam curiosos com se estivessem se perguntando o que ele tinha visto em mim. Como se, apenas com aquele contato inicial, eles pudessem analisar meu ser e descrevê-los nas mais simples palavras. Tolos, me julgavam tão simples.
Eu mal os encarava. Por medo ou vergonha, não sabia. Só ousei levantar os olhos uma vez.
Foi meu garnde erro.
Eu o vi.
Discreto em meio aos outros amigos que me julgavam, ele me olhava com doçura e duvida, como se reprimisse uma verdade que saltava em seus olhos: ele estava totalmente vidrado em mim.
E para meu susto, eu retribuía o olhar. Assim meio de soslaio, totalmente culpada.
Mas não havia como fugir.
Ele, eu ainda não sabia quem ele era, estremecera todas as minhas certezas de anos.
Não era apenas mais um amigo do meu namorado.
Era um alguém pra quem eu nunca deveria ter sido apresentada.
Ele continuou me olhando, como os outros, mas por sorte só eu percebia a diferença.
Não fui rápida o bastante pra desviar meu olhar daqueles inquietantes olhos verdes.
Ele percebeu a recíproca.
Ele então me estendeu a mão.
Eu neguei, pousando os olhos em meu namorado.
Ele não estava prestando atenção.
Me senti traída pela sua ausência.
E por um momento segurei aquela mão traiçoeira que me tentava.
E quando eu percebi, sem que trocássemos caricias ou beijos, eu já o estava traindo.