sábado, 2 de julho de 2011

principe encantado

Com uma certa saudade dos post-pensamentos, venho expressar-me com algo que a muito está na minha cabeça (e que nitidamente inpirou meus dois ultimos posts).


No teatro nos aprendemos as desmistificar os personagens. A entender que nem todo vilão é mau e nem todo mocinho é inocente, a ver que todo mundo tem um lado bom e um ruim, até mesmo as mais candidas mocinhas de nossas historinhas infantis.

Então eu começei a pensar nas historias de amor em si.

Você reparou que toda princesa nunca teve escolha? Elas simplesmente se apaixonaram simplesmente pelo primeiro homem que chegou perto delas com a esperança de salvá-las da prisão em que elas viviam? (e que tantas vezes podemos comparar essa prisão com nossa própria solidão?)

E quem disse que houve paixão? Elas mal sabiam o que era amor, como elas podiam ter essa certeza? E como um dia eu, que nem princesa sou, poderei tê-la?

Por que eu não a tenho agora se tudo converge tão bem para o que eu entendo como meus sonhos de princesa?

Como será sentir sempre o mesmo beijo? pensar sempre no mesmo rosto? Desprezar todos as outras hipóteses por elas simplesmente não parecerem mais cabiveis? será que já me sinto assim? será que foi de fato minha escolha ou eu sou mais uma "senhora encantada"?

Cinderela, Rapunzel, Branca de Neve, todas felizes para sempre na limitação de suas mentes que amam um só por não saber que no mundo existe outros (se bem que branca de neve ainda teve os anões né?).

Ou será que se elas tivessem escolhas elas escolheriam ainda assim seus encantados?

Talvez se aproximar seja um rio de incertezas mas que no final desague em uma escolha.

E o que eu sei, se é que sei de alguma coisa, é que muitas pessoas reais, que tal qual minhas inocentes princesas também foram consequencias e não motivos, estão felizes com a escolha que acreditam ter feito (ou que de fato fizeram, eu não saberia julgar.).

E isso que no final importa mais: O felizes para sempre (ou ate que os olhos se abram).

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