segunda-feira, 23 de maio de 2011

-Onde está o desenho que eu te dei?? Aposto que você jogou fora! - Clarisse berrava com os olhos cheios de lágrimas numa raiva que nem ela sabia de onde vinha- Cala a boca André, não me diz que você perdeu, eu não quero ouvir tamanho descaso. Ahhh você deve ter dado pra outrazinha pra quem voce fica mandando os recadinhos chateadinho no twitter... Olha só, você não pode estar com nois duas tá... você não tem competência pra isso! Eu não queria desistir de você, não queria mesmo... mas não dá! você nunca me surpreende... é eu ainda não me acostumei a essa mesmisse....Se a gente fosse um livro eu jamais leria, chato, lento e previsível!
Clarisse chorava aos soluços enquanto seu corpo tremia ao despejar torrencialmente todas as coisas que ela guardava a tanto tempo no seu coração. Ela não sabia o quanto daquilo era verdade e quanto daquilo tinha vindo no embalo da raiva que ela inexplicavelmente começou a sentir.
Clarisse não era mulher de meio romance. Ou era a única ou tudo devia ruir... por mais que lhe doesse o coração deixá-lo com aquele brilho triste nos olhos.
Mas ela estava determinada.

Mas André, em sua ultima chance, a surpreendeu.
Envolveu-a em seus braços fortes, e a segurou bem firme contra si, enquanto o corpo frágil e soluçante de Clarisse amolecia em seus colo. Então, quando ela mais calma enxugava suas lágrimas, ele abriu a carteira e tirou, dobradinho com cuidado o desenho que ela havia lhe dado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário