quinta-feira, 7 de abril de 2011

perseguição (2)

Eu não sabia bem o que estava acontecendo, a única coisa que fazia era seguir um aviso, sutil, mas claro: fuja. Eu não sabia pra onde ir, e não levava nada. Tudo corre bem até aqui. Mas agora percebo que estou sozinha, num lugar supostamente deserto, amedrontado. Sinto um cheiro forte de terra molhada. Sinto os pingos caírem na minha cabeça. Mas então eu vejo algo. Não sei se vi, ou se só senti, mas sabia que algo estava ali. Eu ando de vagar, observando. Mas agora começo a sentir realmente algo, e acelero o passo. E de que adianta me virar, se sei que há algo? Ajude-me, Deus! Acelero novamente, e percebo que já estou correndo. Posso ouvir o som dos meus pés batendo na água enquanto corro, mas logo escorrego e caio no chão, me molhando. Levanto, e volto a correr. Mas pra que correr sem destino? Paro um instante, ofegante. Respirando, pondo as idéias no lugar. Pra onde ir? O que fazer? Respiro, me acalmo. E é ai que me lembro, há socorro. Sempre há alguém, alguma casa, algum amigo para combater o medo. E o amor combate assim os pesadelos que tanto me assustam. Um último olhar pra trás. Corro para a casa, e bato na porta. Esperando que abrisse, esperando romper as barreiras. Obrigada, meu Deus! A porta abre, as mãos se tocam, e assim talvez a fuga recomece. Esse é meu, e sugere mais ou menos os passos. Vamos ver se escrevo o resto da coreografia da próxima vez! Bjoss Juh!

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