domingo, 24 de outubro de 2010

o fim é belo

-Obrigada por aceitar o convite, eu , sinceramente esperava mais uma desculpa.- Eu disse olhando para meu ex-namorado. Na verdade ele não era apenas um namorado, nós tinhamos morado juntos por cinco anos, apesar dele nunca ter me pedido oficialmente em casamento, nem sequer em namoro.
Era nosso primeiro, e também último, encontro depois da dolorosa separação. Já fazia mais de um mês que a briga havia esfriado e eu remoía a tristeza sozinha.
Mas agora eu havia tomado coragem para chama-lo pra sair. Estávamos em um restaurante luxuoso, saboreando vinhos caríssimos. Seria o lugar perfeito para o fim. Sofisticado e falso, tal qual todas as juras de amor que ele me fizera um dia.
-Não podia deixar de lhe fazer esse favor, não me agrada as noticias que tenho de ti, não queria te ver sofrer... -Ele tentava ser educado, como sempre, escondia as verdadeiras intenções numa capa de bondade e cavalheirismo. Eu não conseguia odiá-lo, nem mesmo quando ele me disse que estaria com outra. Que era o fim de nós dois.
- Ah, então as noticias que tem de mim são tão antigas... não preciso mais de ti, s não não o tinha chamado pra este encontro...
Eu menti em meio a sorriso claramente sarcásticos. Ele não percebeu. E a conversa continuou... por horas, como se fossemos amigos. Quem nos via de fora poderia até invejar a felicidade aparente do nosso casal.
No final, um ultimo pedido, um beijo de adeus. Um beijo prolongado e intenso, o tempo exato para efeito do meu vinho envenenado. E os braços dele envolveram, pela ultima vez, meu corpo sem vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

perguntinhas

o que guardar de ti?
se cada momento me leva a mil sentimentos
não era melhor guardar só o seu nome numa caderneta velha?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre o tempo que perdi com minha rosa.

Bom gente... Julia akii... um post meu, enfim, de uma coisa mais realista eiueiuieueiuei... beijinhos pra todos e até o próximo post ;D

Querido ,
Eu só queria te entender. Ah, se eu pudesse ler mentes... Pois quando me deparo com seu fugitivo olhar, quero me afundar neles e entender-te.

Eu só queria um “oi”, uma palavra bonita, um abraço, qualquer coisa. Talvez seja pedir demais, mas mesmo assim peço-lhe. Não quero saber do futuro, é o passado que me intriga: Será que já houve sentimento? Será que você era mais um dos apaixonados não-declarados? Ou será que, realmente, eu nunca fui nada comparada ao que você era para mim?

Ah, essa duvida me persegue, por todos os lugares. Provavelmente isso deve ser um sentimento acabado, mas só quero saber se houve algum.

Porque se houvesse, eu faria você se apaixonar de novo, se assim você desejasse. Ou o deixaria ir, para sempre.

Só sei que você foi o meu primeiro amor. E que sua digital já está na minha vida. E eu faria tudo de novo, porque não me arrependo. Mas eu só queria te entender, saber sua opinião, lhe dar um abraço e tornar-te meu. Talvez deva te esquecer, mudar. Mas aí está mais um talvez mais uma dúvida.

Não sei se vou te mandar essa carta, Ela pode ir pro lixo. Não sei também se você lerá, mas darei uma oportunidade: se você realmente se interessar, lerá. Mas se você, ler me responda, mande um “oi”, e eu perguntarei o resto. E decidirei minhas duvidas. E serei feliz, tendo ou não você.

Então, por fim, te direi algo que nunca disse: Eu te amei, eu te amo e te amarei. E nunca vou esquecê-lo. Então, por favor, leia essa carta e me responda se você me amava como eu te amei.

Beijos,
de sua


"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
(Pequeno Príncipe)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

quase real

Quando entrei no cinema, vi que minhas amigas tinham deixado um espaço vazio ao lado dele. Elas sabiam que hoje era minha grande oportunidade. Finalmente ele entenderia que eu estava afim.
Eu estava arrumada, maquiada, perfumada. Bem longe daquela imagem xoxa de pré-vestibulanda com que ele estava acostumado. Era hoje que eu ia parecer muito simpática e ele ia pela primeira vez entender que eu queria mais do que uma simples amizade. Que as vezes eu sabia como fazer o exercício de química, mas eu pedia ajuda só pra ter como começar um assunto.
a ansiedade tomou conta de mim enquanto meu braço acidentalmente tocou o dele. Ele não se incomodou nem repeliu o contato. Eu muito menos. Esperei que ele aproveitasse a deixa, mas ele era tímido, tanto quanto eu.
As horas se passaram, os casais do filme já estavam juntos. Todos já tinham seu final feliz. Mas nos continuávamos a olhar sem ação um para o outro. Ambos pareciam esperar um aviso. Um sinal verde. Que não veio dessa vez. Mas esse era um inicio de algo novo. Eu iria esperar. E eu rezava para que ele também.


baseado em fatos reais =D
bjs Bela

domingo, 10 de outubro de 2010

Os coraçõezinhos de Bonifácia.

Chuveram coraçõezinhos do palco, vermelhinhos e sorridentes. Meus olhos brilharam como o de uma criança encantada com o espetáculo. Mas por um instante eu percebi que eles não chegariam até mim... Mas foi só um momento, pois estava errada: minha irmã catou os coraçõezinhos do chão e me entregou um punhado deles. Distribui os sorridentes corações para quem estava atrás de mim e para meus melhores amigos que estavam do meu lado.
Na verdade, após as destribuições, acabei ficando sem nenhum coração para mim. Mas minha irmã logo me deu o seu coração... Foi quando percebi um coraçãozinho em cima do banco: dei-lhe para minha irmã em retribuição. No fim, estes mesmos corações foram dados por mim e pela minha irmã ao nosso pai e a um amigo, que viria a ganhar outro coração.
Eu fiquei feliz com isso, mas os corações de Bonifácia ainda me surpreenderiam: É que no outro dia virariamos atrizes. De palhacinho (ou clonw, como gente chique fala), toda pintada de branco, todo nosso grupo se ocupava em divertir as criançinhas. E de repente uma delas veio atrás de mim com uma coisa na mão para me entregar. Foi quando me deparei novamente com o coração sorridente. Não preciso dizer mais nada, né? E não pense que parou ai: meu amigo, também ator, também tinha ganhado um coraçãozinho. E assim, num gesto de carinho, como se com um ato mudo pudessemos dizer "eu confio em você", trocamos nossos corações.
Bom... Meu coraçãozinho acabaria com uma menininha. Uma doce menina que veio trazer bombons pra eu e minha irmã, toda sorridente, linda, como aquele sorriso do coração. E em troca, ganhou o meu coraçãozinho e um beijo de minha irmã. Talvez essa história continue, da mesma forma que Bonifácia não poderia prever essa sequencia de fatos, talvez esses corações parem na mão de outro alguém, talvez sejam dados a uma pessoa que tenha um coração tão bom quanto Bonifácia e um sorriso tão alegre quanto os dos corações... Mas o importante é que Bonifácia nos ensinou uma coisa: as vezes um simples coração pode significar um gesto de amor gigantesco.

Ingrid... Mais uma vez, você foi fantástica!

Julia e Izabela *-*

escrito por Julia e narrado por Izabela

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

gênesis




Pontos que dançam
idéias, formas e planos
e o sonho se torna concreto.









sexta-feira, 1 de outubro de 2010

um outro final

sugestão da ju pra terminar o texto abaixo:

"Olhei pra cadeira ao lado e vi que ele tinha esquecido o MP4. Bem, eu teria que devolvê-lo."

achei bonitinho ela ainda achar que finais felizes são assim faceis, mas a historia é ficção não é?? então fique terminado assim xD

beijinhos da bela